Osvaldo Liberato ou melhor Vaduca como ficou conhecido nos gramados de Minas Gerais tem uma das mais belas historias escritas no futebol brasileiro. Do seu nascimento a sua infancia dentro de um estadio de futebol até chegar os dias atuais onde com seus 82 anos trabalha ativamente dentro do futebol profissional do América.
Acompanhem , vale a pena.
FTT – A historia de amor do seu pai e sua mãe daria um belíssimo filme. Tiveram uma casa construida pelo Villa Nova dentro do estadio para voces morarem?
VADUCA - É nossa familia esteve muito ligada ao Villa Nova. Tinha o campo, a arquibancada e a nossa casa do lado da arquibancada. Fomos criados oito filhos ali.
FTT – Seu pai ajudava na manutenção do estádio?
VADUCA – É, meu pai cuidava do material dos jogadores, da limpeza do vestiário. Depois do treino ele fazia a limpeza novamente. Ele era o zelador do estadio do Villa.
FTT – E sua mãe ajudava em que?
VADUCA – Minha mãe cuidava da roupa, lavava , passava e costurava os uniformes. Cozinhava e fazia tudo para os jogadores . E os jogadores tinham muito carinho pelos meus pais e eles mais ainda pelos jogadores. Eram como se fossem filhos deles tambem.
FTT – Quando criança chegou a ver o Zezé Procopio e o Peracio treinando?
VADUCA – Lembro sim. O Perácio inclusive tinha uma namorada lá perto de casa e os pais dela não queriam que ela namorasse ele. Então ele me pedia e eu levava os bilhetinhos dele pra ela. E ele namorava escondido. A gente passa tanta coisa nesta vida mas tem estas historias engraçadas que a gente não se esquece.
Perácio foi um dos maiores idolos na historia do Villa Nova. Depois foi atuar no futebol carioca jogando no Botafogo e Flamengo e jogou na Copa do Mundo de 1938
FTT – O Peracio tinha um chute muito forte pelo que dizem.
VADUCA – É ele chutava muito forte mesmo e o Zezé Procopio era um grande lateral.
FTT – O senhor nem poderia imaginar que eles iriam a Copa do Mundo em 38.
VADUCA – Ahh não. Naquele tempo então era muito difícil o reconhecimento aos jogadores de Minas Gerais. Não tinha intercambio. O futebol aqui era muito dificil. Quando íamos jogar em Uberaba, Uberlandia (500 kms de Nova Lima) a gente viajava de ônibus e olhe lá. Hoje os times vão jogar em Ipatinga e vão todos de avião.
FTT – Seu pai comentava alguma coisa sobre eles com vocês?
VADUCA – Não, ele chegava em casa por volta das 20 horas e como nós éramos garotos já estávamos dormindo neste horário. Cedo ele já saia para arrumar o estádio.
FTT – Pelo que sei , sua família está muito ligada ao futebol .
VADUCA – Meu pai teve oito filhos e todos nascidos e criados dentro do estádio do Villa Nova. Destes 5 foram jogadores. Eu, Osório e Juca fomos profissionais e Doca e Antonio somente do amador.
FTT – E quem foi o primeiro a ser jogador?
VADUCA – Foi o Juca. Ele começou no Villa e depois o Atlético fez aquela excursão a Europa e pediram emprestado o meu irmão para atuar para eles. Se sagrou campeão do Gelo e voltando ao Brasil retornou para o Villa Nova. Só que ficou pouco tempo porque aí o Atletico o comprou em definitivo.
JOGOS DO ATLETICO NA EXCURSÃO A EUROPA , NO CHAMADO CAMPEÃO DO GELO
Munich 1860 3 x 4 Atlético, em Munique ( Alemanha ) |
Hamburger Sportverein 0 x 4 Atlético, em Hamburgo ( Alemanha ) |
Werder Bremen 3 x 1 Atlético, em Bremen ( Alemanha ) |
Schalke04 1 x 3 Atlético, em Gelsenkirshen ( Alemanha ) |
Rapid Wien 3 x 0 Atlético, em Viena ( Áustria ) |
Sarebruck 0 x 2 Atlético, em Reno ( Áustria ) |
Anderlecht 1 x 2 Atlético, em Bruxelas ( Bélgica ) |
Eintracht Brauschweig 3 x 3 Atlético, em Brauschweig ( Alemanha ) |
Seleção de Luxemburgo 3 x 3 Atlético, em Luxemburgo |
Stade Français 1 x 2 Atlético, em Paris ( França ) |
Time: Cafunga e Mão de Onça (goleiros); Afonso, Oswaldo, Juca, Moreno, Vicente, Zé do Monte, Haroldo, Barbatana, Vicente Perez e Márcio (defesa/meio-campo); Lucas, Lauro, Cezinho, Alvinho, Vavá, Nívio, Vaguinho e Murilinho (atacantes) – Técnico: Ricardo Dies.
FTT – O Juca deve ter jogado no Villa Nova com o Ceci a quem tivemos o prazer de entrevista-lo em São Paulo.
VADUCA – Jogou sim. Eles jogaram juntos antes do Juca ir para o Atletico.
VADUCA E O GOL DO TITULO MINEIRO DO VILLA NOVA
FTT – No Villa Nova o senhor foi começando e logo no segundo ano foi campeão mineiro.
VADUCA – Na verdade eu joguei no Villa Nova desde o infantil. Mas no profissional eu comecei em 50. E tive a felicidade de fazer o gol do titulo em 51 contra o Atlético.
FTT – E o senhor lembra da jogada do gol?
VADUCA – Lembro. O Lito cobrou a falta da intermediaria e eu entrei de cabeça e fiz o gol. Estava chovendo muito e o campo estava pesado.
FTT – Foram três jogos para decidir o campeonato. Se lembra dos resultados?
Vaduca
VADUCA – Na verdade os campeonatos antigamente eram muito mais difíceis. Os times jogavam todo mundo contra todo mundo em turno e returno. Hoje se classificam 4 e só jogam um turno. Antes quem ganhava o primeiro turno disputava com quem ganhava o segundo turno. E foi assim que aconteceu. O Villa Nova ganhou o primeiro turno e o Atlético o segundo. Na decisão era em melhor de três jogos, nós empatamos dois jogos, o primeiro por 1 a1 o segundo em 2 a 2 e vencemos o terceiro .
Finais
13/01/1952 – Villa Nova 1 x 1 Atlético
24/01/1952 – Atlético 2 x 2 Villa Nova
27/01/1952 – Atlético 0 x 1 Villa Nova
24/01/1952 – Atlético 2 x 2 Villa Nova
27/01/1952 – Atlético 0 x 1 Villa Nova
Vaduca é carregado pelos torcedores do Villa Nova no gramado do Independencia em 51
FTT – Mas o Villa Nova mereceu o titulo. Era um grande time. A escalação o senhor ainda se lembra?
VADUCA - Arizona, Madeira e Anísio; Vicente, Lito e Tão; Osório, Vaduca, Chumbinho, Foguete e Fradeco ou Escurinho. Primeiro era o Fradeco e depois veio o Escurinho.
Villa Nova campeão mineiro de 1951 - Este era o quinto titulo do Villa no espaço de 20 anos
FTT – E a torcida do Villa Nova levou muita gente ao Independencia?
VADUCA – A grande maioria foi do Atlético e nem podia ser diferente. Mas a torcida do Villa compareceu em grande numero e era mais fanática delas todas. Foi gente de ônibus, muita gente de caminhão porque naquele tempo podia e gente de tudo quanto é jeito apareceu. A torcida do Villa sempre foi muito fanática. Eles compareciam não só nos jogos mas nos treinos também.
Ao final da partida a torcida do Villa Nova invadiu o gramado e carregou seus idolos
FTT – Antigamente na torcida do Villa Nova eram somente torcedores do Leão (apelido do Villa) ?
VADUCA – Era. Hoje não. O cara torce pro Villa e para o Atlético ou Cruzeiro tambem. Antigamente você não podia ir a Nova Lima com camisa do Cruzeiro ou Atlético. Hoje não tem problema, já misturou tudo. As arquibancadas eram de madeira e ficava todo mundo expremido porque a torcida lotava o estádio.Hoje não até mesmo porque o Villa não atravessa uma boa fase. Apesar que a diretoria através do Jairo Gomes estar tentando de tudo para levantar o clube. Temos o apoio e patrocínio de um grande supermercado de BH mas ainda é pouco pela tradição do clube.
FTT – E como era o Escurinho ?
VADUCA – Velocista demais. Naquela época nós tínhamos dois pontas velocistas: o Osorio e o Escurinho. Escurinho jogava bem a frente , já o Osorio jogava um pouco recuado. E naquele tempo o time jogava diferente de hoje. Eramos quatro na frente sendo o Osorio e Escurinho nas pontas bem abertos e no miolo eu e o Chumbinho. Eles iam sempre a linha de fundo e cruzavam para gente fazer os gols.
Escurinho comemorando o titulo nos vestiarios com seus colegas e diretores do Villa Nova
FTT – Como o Fluminense descobriu o Escurinho levando-o depois para lá?
VADUCA – O Villa Nova fez um amistoso contra o Fluminense. O Escurinho foi e jogou uma enormidade. Arrebentou na ponta esquerda. Aí contrataram ele.
FTT – Neste mesmo ano(1951) o Villa Nova disputou um torneio na Bahia e se sagrou campeão. No jogo contra o Bahia voces venceram por 2x0 e um gol seu. Se lembra deste torneio?
VADUCA – Foi um torneio quadrangular de confraternização. Eu me lembro do Bahia e me esqueci dos outros dois times mas fomos campeões. Contra o Bahia eu fiz um gol.
*Participaram do torneio o Bahia e Ypiranga/BA e mais o Vitoria campeão capixaba e o Villa Nova campeão mineiro.O Villa venceu todos os jogos . Vitoria por 2x1 , Bahia por 2x0 e Ypiranga por 1x0.
FTT – E dois anos depois em 1953 novamente a final contra o Atletico e em três jogos. Outra vez dois empates por 1x1 só que o Atletico venceu um jogo por 2x1 e sagrou-se campeão.
VADUCA – Esta infelizmente nós perdemos. Nem gosto de lembrar. Fizemos dois jogos difíceis e empatamos por 1x1 todos dois. O pior foi que no jogo em que o Atletico nos venceu por 2x1 a gente jogou o segundo tempo todo com um homem a mais porque eles tiveram um jogador expulso. Mesmo assim não conseguimos vencer.
FTT - E na decisão de 1956 contra o Cruzeiro novamente dois empates e no terceiro jogo lá estava Vaduca para decidir?
FTT – Antes de encerrar a carreira o senhor saiu do Atletico e foi jogar no Valerio Doce? Teve um jogo contra seu ex-clube que o Valerio venceu por 1x0 e o gol seu. Qual a sensação?
FTT – Durante vários anos o senhor jogou contra o Zé do Monte. Nos fale um pouco dele.
VADUCA – Bem naquele tempo a gente chamava de “Center half” (hoje um libero) e ele era habilidoso, jogava de cabeça em pé e tinha um passe muito bom. Os pontas passavam bem com ele porque fazia lançamentos longos para eles.
FTT – Zé do Monte jogava na mesma posição que Toninho Cerezo. O senhor viu os dois jogando. Quem foi melhor?
VADUCA – Dá empate. Os dois foram muito bons.
FTT – E no lado do Cruzeiro dois grandes jogadores: o Abelardo e o Paulo Florencio que foi da seleção brasileira.
VADUCA – O Paulo Florencio era um meia esquerda muito habilidoso, tocava muito bem a bola e apesar de baixa estatura fazia muitos gols de cabeça. Ele jogou na seleção brasileira nos tempos de Siderurgica. Depois o Cruzeiro o comprou. Já o Abelardo era aquele atacante rompedor. Ele tinha o apelido de Flecha Azul porque corria demais. Se ele colocasse a bola 5 centimetros na frente ninguém pegava mais.
FTT - O seu irmão Juca aliviava um pouco contra você?
VADUCA – Não, ele não aliviava comigo (risos). Teve uma ocasião que o Afonso colega do Juca na zaga do Atlético me deu uma “paulada” daquelas. Aí o Juca chegou apontando pra mim e nosso outro irmão e disse:” Afonso nestes dois aqui você não bate não, eu não aceito que você bata neles”. Ele chegava junto mas era leal e quando envolve sangue da mesma família ele comprava a briga.
VADUCA VAI PARA O ATLÉTICO E É PENTACAMPEÃO
FTT – No Atletico o senhor chegou para ocupar o lugar de Paulinho Valentim que foi para o Botafogo. Qual era a formação do ataque?
VADUCA – Era o Amorim, Tomazinho,Murilinho e Eu.
FTT – Em 1957 o Atletico fez um amistoso contra o Santos que terminou em 2x2 e o senhor fez um dos gols. Do outro lado estavam Jair Rosa Pinto , Dorval ,Pagão e Pepe. Um timaço que vocês enfrentaram.
VADUCA – Não lembro de detalhes desta partida porque foram muitos jogos que fiz e já se passaram tantos anos mas me lembro que o Pagão e o Jair jogavam muita bola. O Santos tinha um grande time. Era um dos melhores naquela epoca.
FTT - Na campanha do penta campeonato de 1956 o Atletico jogou contra o Villa Nova e ganhou de 4x0. Qual foi a sensação de vencer seu ex-time , de goleada e tendo dois irmãos do outro lado, o Doca e Osorio ?
VADUCA - No futebol não existe isto . Irmandade é fora de campo. Lá dentro são 11 contra 11, cada um defendendo seu clube. Então não tem problema nenhum. Se puder fazer 10 gols você faz. Lá dentro tem a rivalidade e cada um quer defender o seu clube.
VADUCA - No futebol não existe isto . Irmandade é fora de campo. Lá dentro são 11 contra 11, cada um defendendo seu clube. Então não tem problema nenhum. Se puder fazer 10 gols você faz. Lá dentro tem a rivalidade e cada um quer defender o seu clube.
FTT - E na decisão de 1956 contra o Cruzeiro novamente dois empates e no terceiro jogo lá estava Vaduca para decidir?
VADUCA - Foi, eu sempre fiz gols decisivos. Ganhamos de 1x0 com um gol meu no final do jogo. Eu era egoista (risos) nas finais venciamos de 1x0 com um gol meu. E o interessante é que o gol do titulo do Atlético, foi no mesmo gol da abertura no Independencia onde eu fiz o gol do titulo do Villa Nova.
A Equipe PentaCampeã de 1956: (Da esquerda p/ direita) Murilinho, Amorim, Afonso Silva, Toledo, Vaduca, Tomazinho, Haroldo Lopes, Benito, Hilton Chaves, William e Zeca.
FTT - E naquela época a torcida do Atlético era bem maior do que a do Cruzeiro?
VADUCA - Ahh era. Sempre foi. Hoje em dia é que estou vendo uma pesquisa que fizeram e que fala que a torcida do Cruzeiro tem dois milhões de torcedores a mais do que a do Atlético mas eu acho que não existe isto não. Acho que as duas são iguais. Apesar que o Cruzeiro ganhou muitos titulos nos ultimos tempos e a meninada quer ver é titulos.
FTT - E para comemorar o titulo a diretoria do Atlético organizou uma festa com presenças ilustres, a Dircinha Batista e o Orlando Silva.
VADUCA - A festa foi para a entrega das faixas e eles cantaram na festa. Eles estavam no auge na época.
FTT - E naquela época a torcida do Atlético era bem maior do que a do Cruzeiro?
VADUCA - Ahh era. Sempre foi. Hoje em dia é que estou vendo uma pesquisa que fizeram e que fala que a torcida do Cruzeiro tem dois milhões de torcedores a mais do que a do Atlético mas eu acho que não existe isto não. Acho que as duas são iguais. Apesar que o Cruzeiro ganhou muitos titulos nos ultimos tempos e a meninada quer ver é titulos.
FTT - E para comemorar o titulo a diretoria do Atlético organizou uma festa com presenças ilustres, a Dircinha Batista e o Orlando Silva.
VADUCA - A festa foi para a entrega das faixas e eles cantaram na festa. Eles estavam no auge na época.
Tomazinho, Dircinha Batista, Amorin, Orlando Silva, Vaduca e Afonso Silva comemoram o Pentacampeonato de 1956 na sede do Minas Tenis Clube.
FTT – Mas o futebol mineiro teve um outro campeão em 57. O America de Jardel, Toledo, Cazuza, Fantoni, Miltinho e Capeta.
VADUCA – Era um grande time. Era o tempo da Alameda (estádio do América). O time deles foi muito bom. O time tinha muito conjunto, não tinha uma estrela destacada. O Toledo era um atacante rompedor e depois foi jogar no Atlético.
FTT – Eram tempos difíceis os dos jogadores na sua época?
VADUCA – Eram. Eu por exemplo era pintor e trabalhava 6 horas por dia, subindo e descendo escada e depois das 16 hs ia treinar. A vida não era como a dos jogadores hoje em dia que ficam só por conta do futebol e tem toda estrutura para eles. Eu hoje vivo no meio deles e sei bem como é.
Vaduca continua gostando de falar sobre futebol e trás detalhes bem guardados em sua memoria
VADUCA – Antigamente o futebol não dava dinheiro e então eu estava com 28 anos e comecei a preocupar com meu final de carreira. O técnico do Valerio era meu amigo e me conhecia dos tempos de Villa Nova e me convidou para jogar lá. Ele me orientou a sair do Atletico e pedir a direção da Vale do rio Doce para me arranjar um emprego para continuar depois do futebol, para me aposentar lá. Então eu me reuni com o presidente Nelson Campos (pres.Atlético) e pedi para me liberar. Eu tinha seis meses de casado apenas e foi a melhor coisa que eu fiz. Fui muito bem recebido no Valerio e me aposentei pela Vale e graças a Deus ela me deu a condição de ter todas as coisas que eu tenho hoje.
Bruno e Vaduca
FTT - O Independencia foi inaugurado em 1950. O senhor jogava no Villa e morava em Nova Lima. Como foi a repercussão pelas radios e jornais na epoca?
VADUCA - Eu não acompanhei muita coisa não. Via todo mundo falando de copa do mundo mas ficava nisto. O que acompanhei de perto foi a seleção inglesa. Naquela época, Nova Lima tinha um nucleo de ingleses que trabalhavam para a mineradora na cidade e recebeu a seleção da Inglaterra. Então a gente ia nos treinos dos ingleses.
FTT - E agora está prestes a inaugurar o novo Independencia. O senhor pretende ir?
VADUCA - Eu gostaria de ir. Geralmente eles lembram de mim e me convidam para as entregas de premios na Rede Globo, na Alterosa e fico muito orgulhoso disto. Quem sabe não lembram novamente .
FTT - Qual foi a partida mais importante da sua vida?
VADUCA - Foi a do titulo do Villa Nova. Você ve que a té hoje todos se lembram dela. A duas semanas atrás quando jogaram Villa x Atletico os jornais Estado de Minas e Hoje em Dia fizeram uma materia de uma pagina comigo lembrando deste jogo e do gol que fiz. Não tem como esquecer.
Entrevista e fotos : Bruno Steinberg