Acima na foto a esqueda, Tesourinha (agachado), Ávila e Adãozinho no inesquecivel "Rolo Compressor " dos anos 40. Na foto a direita Tesourinha coloca a faixa de campeão em Valdomiro, dois dos maiores pontas direitas na historia do Internacional.
Tesourinha, que teve o apelido tirado de um bloco carnavalesco no qual participava chamado Os Tesouras.
Tesourinha driblava seus adversário em alta velocidade, cortando os zagueiros para um lado e para o outro. Viveu seus melhores momentos no Internacional como ídolo e campeão.
O time era bom e Tesourinha se encaixava como uma luva.
Devido à concorrência com o consagrado Carlitos, Tesourinha foi deslocado para a ponta-direita, onde teve exitosa carreira. Consagrou-se no chamado Rolo Compressor, como foi denominada a equipe do Internacional da década de 1940 hexacampeã gaúcha e tida como "imbatível".
Em 1944, foi convocado pelo treinador Flávio Costa para a Seleção Brasileira, onde Tesourinha estreou em um amistoso contra a Seleção do Uruguai, no dia 14 de maio, marcando um dos gols da vitória brasileira por 6 a 1.
Em 1945 chegou a ser considerado o melhor ponta direita da America do Sul. Foi campeão gaucho pelo Internacional dos anos de 1940/41/42/43/44/45. 1947/48.
O ano de 1949 marcou o auge da carreira de Tesourinha. Pela Seleção Brasileira, foi campeão sul-americano, marcando dois gols na final, contra o Paraguai. Também foi escolhido o “Melhoral dos Cracks”, em uma promoção promovida pelo comprimido Melhoral, em todo o país. Tesourinha recebeu mais votos que os jogadores do eixo RJ-SP. No Rio Grande do Sul, porém, as coisas não foram boas. A perda do título para o Grêmio e uma lesão no joelho, que o perseguia, levaram a direção colorada a negociá-lo com o Vasco da Gama, no final de 1949, por 300 mil cruzeiros (uma fortuna, na época) e o passe do atacante Solís.
Tesourinha marcou 7 gols neste campeonato.
Jogou pelo Brasil 23 vezes e marcou 10 gols.
Ainda em 1949, Tesourinha transferiu-se do Internacional para o Vasco por uma quantia considerada uma fortuna na época.
TESOURINHA VAI PARA O VASCO DA GAMA
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Acima Tesourinha é o primeiro a esquerda no ataque do Vasco em 1951. Jornal anuncia a chegada do idolo a São januario.
Estreou no dia 4 de janeiro de 1950, em partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo, na qual o Vasco venceu a Portuguesa de Desportos por 5 a 2 e Tesourinha marcou um gol cobrando falta. No clube carioca, fez parte do lendário Expresso da Vitória. Atuou no Vasco até o ano de 1952. Tinha participação certa na Copa do Mundo de 1950, mas sofreu uma grave lesão nos meniscos que o deixou de fora da competição.
No Rio, Tesourinha fez história no Vasco, e era titular absoluto da seleção que disputaria a Copa do Mundo de 1950, mas uma lesão no joelho o tirou do Mundial. No Rio, destacou-se também na Seleção Carioca, pela qual foi campeão brasileiro. No final de 1951, aos 30 anos, Tesourinha já era considerado um jogador veterano, principalmente devido ao problema crônico no joelho. Dispensado pelo Vasco, voltou a Porto Alegre e tentou jogar no Internacional, mas a direção preferiu não contratá-lo. Assim, surgiu a proposta do Grêmio.
AGORA TESOURINHA VAI JOGAR NO RIVAL, O GRÊMIO
Em 1952, Tesourinha foi contratado pelo Grêmio, quebrando um tabu histórico de ter sido o primeiro atleta negro da história a jogar no clube. Fez a sua estréia no Grêmio no amistoso do dia 16 de março daquele ano, em uma vitória por 5 a 3 sobre o Juventude, em Caxias do Sul. Tesourinha marcou dois gols na partida.
Saturnino Vanzelotti pretendia contratar Tesourinha, para romper com a tradição racista do Grêmio. Tesourinha era um jogador consagrado, mas mesmo assim, sócios e dirigentes gremistas foram à imprensa, publicar uma nota contrária à contração de um jogador negro. Tesourinha não ganhou títulos pelo Grêmio, mas sua maior vitória no clube foi ferir de morte o preconceito tricolor.
No dia da sua estreia no Grêmio, o vice presidente, Luis Assunção declarava para a imprensa: “Tesourinha acabou como arianismo no Grêmio. É um abolicionista que o Vasco nos mandou”. Ficou vestindo a camisa tricolor até 1955.
No final de 1954, Tesourinha foi dispensado pelo Grêmio e transferiu-se para o pequeno Nacional, onde jogou até setembro de 1957
Tesourinha, o melhor ponta-direita dos anos 40. Antes de iniciar a sua carreira no Internacional de Porto Alegre, já se destacava em outros times de menos expressão. Logo que começou no Inter, foi logo esbanjano talento. Nos Grenais se destacava ainda mais. Fazia parte do expressivo Rolo Compressor. Era o destaque principal deste timaço, do qual ganhou muitos títulos gaúchos. Era muito veloz, habilidosíssimo nos dribles, chutava com precisão, ou seja, era um terror para as defesas adversárias.
ResponderExcluirNão demorou muito para ser convocado pra Seleção Gaúcha. Mesmo existindo equipes melhores, como a Paulista e a Carioca, dava muito trabalho pros laterais que tentavam marcá-lo. Chamou a atenção do técnico Flávio Costa, que o convocou em 1944 pra Seleção Brasileira. Depois, outras convocações, se destacando em Sulamericanos e Copa Rocca. Formou, para muitos, o melhor ataque do Brasil de todos os tempos, ao lado de Zizinho, Heleno, Ademir e Jair.
No final dos anos 40, foi contratado pelo Vasco da Gama, sagrando-se campeão carioca em 1949 pelo grande Expresso da Vitória. Presença certa pra Copa do Mundo de 1950, machucou-se na véspera do Mundial. Muitos dizem que se tivesse lá, talvez seríamos campeões. Nunca mais foi o mesmo.
Contratado pelo Grêmio, ficou marcado como o primeiro jogador negro da história deste time. Mas já estava pronto pra encerrar a carreira.
Tesourinha, exemplo de futebol jogado com categoria.