Adilio ainda nos juniores em 1976 com tita e Julio Cesar
Adílio tem uma história curiosa de amor ao Flamengo desde a infância. Morador da Cruzada São Sebastião - uma comunidade de baixa renda que surgiu a partir da desocupação de uma favela no bairro do Leblon -, Adílio desde menino pulava os muros do clube para acompanhar os treinos do time de futebol. Com seis anos de idade já frequentava a Gávea. Passou por todas as divisões de base sempre se destacando e ficou ao todo praticamente 24 anos no Flamengo.Aos 21 anos de idade, era titular absoluto no meio-campo do Flamengo, jogando com a camisa 8. Além da vaga no time, conquistou o carinho da torcida por ser um jogador raçudo e ao mesmo tempo extremamente técnico. Participou com peça fundamental a partir de 1978 da série de conquistas do Flamengo, que culminaria em 1981 com o título do Mundial de Interclubes. Ao todo foram três títulos brasileiros, além dos quatro títulos de Campeão carioca.Contabilizando o período que vai de 1975 a 1987, ainda a curta passagem em 1993, Adílio disputou 611 jogos pelo Rubro-Negro, marcando no total 128 gols.
Criado no Flamengo, clube que defendeu por grande parte de sua carreira, Adílio atuou ao lado de Zico e Andrade, formando um dos melhores meio-campo da história. Com esse
time, o Fla conquistou suas maiores glórias, incluindo a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes de 1981 e os Brasileiros de 1980, 1982 e 1983.
Adílio era um jogador de rara habilidade e criatividade, dono de um passe perfeito e adepto a um estilo de jogo clássico. Contudo, também soube ser decisivo em sua carreira, como quando marcou o segundo gol do Flamengo na vitória de 3x0 sobre o Liverpool na final do Mundial dE Clubes de 1981, ou quando fez o terceiro gol na vitória de 3x0 sobre o Santos na decisão do Campeonato Brasileiro de 1983. Ganhou a Bola de Prata da Revista Placar em 1977 e 1978.
O jogador atuou no Flamengo entre 1975 e 1987, quando teve a oportunidade de vestir a camisa rubro-negra em 616 partidas, o que faz dele o terceiro jogador com maior número de jogos disputados pelo Flamengo.
O estilo clássico, de rara habilidade, que marcou Adílio, é lembrado até hoje em rodinhas na Gávea. O meia chegou ao clube com seis anos de idade, e ficou até os 30, sendo titular absoluto do time profissional, de 1977 a 86. É jogador de uma época em que jogava-se mais por amor do que por qualquer outro motivo e, quando os craques se identificavam com um clube, permaneciam nele por quase toda a carreira. Jogar no Flamengo foi o maior orgulho da minha vida, derrete-se. Não é para menos: Adílio foi um dos responsáveis pela maioria dos títulos mais importantes do clube, entre eles, três Brasileiros (80, 82 e 83), e a Taça Libertadores e o Mundial, em 81. -Há uma coisa muito importante: foram 24 anos de Flamengo e, só como profissional, conquistei 24 títulos- , orgulha-se.
Desde que chegou ao clube, levado pelo amigo Júlio César "Uri Geller" , outro craque rubro-negro, Adílio usou, em todas as categorias de base, a camisa 10. Quando chegou ao profissional, porém, o número já tinha dono: O Zico era o 10, então, fiquei com a 8. A minha estréia no profissional foi com a 10, pois eu substituí o Galinho (Zico), que estava machucado , recorda-se.
Do supertime do Flamengo da década de 80, do qual ainda fizeram parte Leandro, Andrade, Nunes, Tita, e outros, além da categoria, a união da equipe foi uma marca registrada. Quando se vê, hoje em dia, notícias de desunião no time e de guerra de egos entre as estrelas, a saudade daqueles tempos aperta ainda mais.
Com a gente não havia isso. Até hoje somos amigos. Eu estou sempre com o Júnior, Zico, Rondinelli, Andrade, formamos uma família de verdade. Quando um de nós estava cansado, sem gás, os outros corriam por ele. Era união mesmo, pelo Flamengo. E olha que toda hora saíam jogadores para a seleção, como o Zico e o Júnior, principalmente, e o nível do futebol não caía, porque tínhamos muita garra -, lembra, saudoso. Idolatrado pelos rubro-negros, Adílio poderia, também, ser um ídolo para todo o país, mas nunca disputou uma Copa do Mundo. O assunto, inclusive, ainda aborrece do ex-craque: -É uma mágoa na minha vida. Fiz apenas dois jogos na seleção brasileira. Em 82, em um amistoso contra a Alemanha, eu fui muito bem na partida, dei o passe para o Júnior marcar um gol, e recebi nota 10 dos jornais, como o melhor homem em campo. Estava tudo a meu favor, muita gente acreditou que eu estava praticamente garantido na Espanha, e eu mesmo achei que estava a um passo de realizar este sonho. Mas, no momento final, não fui chamado. Tenho muitos orgulhos no futebol, só faltou a Copa -, lamenta.
Seu desempenho com a 8 da Gávea o levou aatuar pela Seleção Brasileira. Mas, infelizmente não teve muitas chances com a Amarelinha.
Clubes em que atuou: Flamengo, Coritiba, Barcelona (Equador), América de Três Rios (RJ), Itumbiara (GO), Alianza Lima (Peru), Friburguense (RJ) e Barreira (RJ)
Principais títulos: Tricampeão Brasileiro, em 80, 82 e 83, Taça Libertadores da América, em 81 e Mundial Interclubes, em 81, Campeonato Estadual do Rio de Janeiro: 78, 79 (Carioca), 79 (Estadual), 81 e 86.
Principais títulos: Tricampeão Brasileiro, em 80, 82 e 83, Taça Libertadores da América, em 81 e Mundial Interclubes, em 81, Campeonato Estadual do Rio de Janeiro: 78, 79 (Carioca), 79 (Estadual), 81 e 86.
Um dos grandes jogadores da história do Flamengo. Mais uma cria da Gávea. Era habilidoso, muito escorregadio e disciplinado. Na minha opinião só tinha um defeito: não chutava bem ao gol de média e longa distâncias, sua característica era entrar tocando, tabelando e chegar na cara do gol. Ou prá marcar ou deixar um companheiro em condições, geralmente excepcionais. Sua imagem está associada fortemente com as tradições e grandes conquistas rubro-negras.
ResponderExcluir