O INICIO DA CARREIRA
A partir de 1949, já decidido a virar jogador de futebol, a vida de Bellini mudou. O futuro zagueiro da Seleção Brasileira espantava os torcedores da região com sua determinação e já era titular de todas as equipes que defendia. A notícia de um zagueiro estiloso logo circulou pelas cidades vizinhas e chamou a atenção de alguns olheiros de clubes menores. Depois de observar o futebol de Bellini de perto, o olheiro Mauro Xavier da Silva não esperou a ansiedade para contar ao clube onde trabalhava, o modesto Sãojoanense, que contava em seus quadros com um tal de Mauro Ramos de Oliveira. Pegou o primeiro ônibus de Itapira para São João da Boa Vista e, já no começo da madrugada, bateu na porta do presidente Francisco de Bernardes, que ainda sonolento, pediu que voltasse no outro dia. Foi quando Mauro insistiu e acabaram conversando. Bellini ficou por três anos no clube e mesmo atuando pela segunda divisão do futebol paulista, chamou a atenção dos grandes da capital.
O VASCO EM SUA VIDA
O VASCO EM SUA VIDA
Iniciou a sua carreira entre 1949 e 1951, quando atuou pelo Sanjoanense, de São João da Boa Vista, no Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Sempre jogando duro, mas com muita lealdade, Bellini chamou a atenção dos dirigentes do Clube de Regatas Vasco da Gama, que resolveram levá-lo para São Januário. O técnico Flávio Costa, que dirigia a equipe naquela época, foi que lhe ensinou a jogar sério e sem enfeitar. Desta maneira não demorou a ganhar a confiança e respeito da torcida vascaina. Durante os dez anos que permaneceu no Vasco, Bellini conquistou três títulos estaduais: 1952, 1956 e 1958, e duas Copas do Mundo 1958 e 1962.
Bellini em ação contra o Flu
Realmente 1958 foi um ano inesquecível para ele. Neste ano, teve a honra de ser o primeiro brasileiro a levantar a Taça Jules Rimet, quando o Brasil derrotou os donos da casa na final da Copa do Mundo da Suécia. Após o término da decisão, recebeu do rei sueco Gustavo Adolfo o troféu e seu gesto de erguê-la ao céu entrou para história do futebol mundial. Para imortalizar tal imagem, foi construída uma estátua de bronze no Estádio do Maracanã.
Almir e Bellini
Com algumas propostas na mão, Bellini apostou alto e preferiu acertar com o Vasco da Gama e partiu para o Rio de Janeiro, que sem saber o quanto que o clube carioca tinha pago pelo seu passe, assustou-se ao verificar o primeiro salário recebido, um valor extremamente superior ao que ganhava no humilde Sãojoanense.
A trajetória de Bellini no Vasco pode ser considerada cinematográfica. Ali o capitão permaneceu por dez anos, conquistando três títulos cariocas, em 1952, 1956 e 1958, formando na época uma equipe simplesmente espetacular; Barbosa, Dario, Bellini, Orlando e Coronel; Écio e Rubens; Sabará, Almir, Vavá e Pinga
A trajetória de Bellini no Vasco pode ser considerada cinematográfica. Ali o capitão permaneceu por dez anos, conquistando três títulos cariocas, em 1952, 1956 e 1958, formando na época uma equipe simplesmente espetacular; Barbosa, Dario, Bellini, Orlando e Coronel; Écio e Rubens; Sabará, Almir, Vavá e Pinga
No Campeonato Carioca de 58, o Vasco foi super-supercampeão, depois de disputar dois triangulares decisivos com o Botafogo e Flamengo. Naquele ano, a zaga do Vasco era uma verdadeira muralha contra os ataques adversários e Bellini com sua simplicidade e seriedade se destacou, repetindo as atuações do mundial conquistado pelo Brasil na Suécia.
Quatro anos depois, o Brasil foi para o Chile, onde conquistou a sua segunda Copa do Mundo. Desta vez, o grande capitão de 1958 ficou na reserva de Mauro, zagueiro do Santos e quem o substituiu na função de líder da equipe e, nem por isso reclamou de não estar entre os 11 titulares. Casos como estes mostram como o senso profissional era uma das suas características mais marcantes.
Bellini é considerado até hoje o maior capitão na historia do Vasco da Gama.
Bellini é considerado até hoje o maior capitão na historia do Vasco da Gama.
O ZAGUEIRO VAI PARA O SÃO PAULO
Em 1962, foi vendido ao São Paulo, entrando no lugar do zagueiro Mauro Ramos. Ficou no clube por seis anos, e não conquistou nenhum título por ele. É que na época o tricolor paulista estava construindo seu estadio, o Morumbi e o futebol passava por um periodo dificil.
Bellini contra o Corinthians. Sempre firme na marcação.Bellini tentou com sua raça e liderança ajudar o clube a sair da fila mas a diretoria não contratava grandes jogadores e os titulos acabaram não vindo.
Bellini é o primeiro de pé a esquerda
BELLINI ENCERRA A CARREIRA NO FURACÃO
Bellini não era muito técnico. Pelo contrário, sua principal característica era o vigor físico, a excelente impulsão e o ótimo posicionamento. Além disso, seu espírito de liderança e a disposição para treinar foram características que contribuíram para sua carreira gloriosa. Quando chegou ao Atlético, Bellini tinha quase 38 anos. Era bicampeão mundial e consagrado internacionalmente. Mas nem por isso perdeu a humildade. Tratava a todos de modo igual, desde o juvenil até o presidente.
Em 1968 acabou arriscando tudo ao aceitar uma proposta do Atlético-PR, na época uma equipe desconhecida da maioria dos torcedores. Junto com ele, também foi outro veterano, Djalma Santos, que também foi campeão mundial em 58 ao lado de Bellini. Na capital paranaense, atuaram por três anos, conquistando o campeonato paranaense no último ano como profissionais.Bellini, já com 40 anos, ainda exibia grande forma física, graças a fidelidade com as obrigações extra-campo. Já casado, o capitão atuou no Furacão com a mesma responsabilidade de quando era iniciante, exibindo um futebol sério e passando segurança à equipe.
Com o título em 1970, decidiu pendurar as chuteiras, apesar dos pedidos para prosseguir atuando. E assim, o homem que erguera a taça pela primeira vez, sentiu o cansaço e decidiu baixar os braços, para a tristeza do mundo futebolístico.
Bellini com o prefeito de Curitiba
O GRANDE CAPITÃO DA SELEÇÃO BRASILEIRA
Bellini fez sua estréia na Seleção Brasileira em 1957, nas eliminatórias para a Copa de 58 na Suécia, mais precisamente no dia 13 de abril, no empate em 1 a 1 contra o Peru, em Lima. Devido a sua seriedade em campo, o técnico Vicente Feola lhe deu a tarja de capitão já na reta final da preparação para a Copa do Mundo, após ser elogiado publicamente pelo Marechal da Vitória, Paulo Machado de Carvalho. Durante o mundial na Suécia, demonstrou muita seriedade e um estilo de jogo acima da média para os beques da época. O título e o gesto de levantar a taça Jules Rimet só coroaram o excelente mundial realizado. Bellini certa vez disse: "Foi sensacional ir à Suécia em 58, ainda garoto.
Ser convocado já era um prêmio. Ser titular e capitão de uma seleção que só tinha feras então, nem era bom pensar.
São poucas as pessoas no mundo que podem se orgulhar de ter criado algo, um produto, uma fórmula, um objeto e, até mesmo um gesto. Assim como surgiu o cumprimentar de mãos, o abraço, o beijo no rosto, Bellini pode se orgulhar de ter feito pela primeira vez um movimento que alegra dos mais jovens aos mais idosos, do mais rico para o mais pobre. Graças a ele, foi criado um dos gestos mais significativos do futebol e, até mesmo, dos outros esportes; o levantar da taça de campeão. Os brasileiros em especial, jamais esquecerão daquele gesto feito por Bellini no dia 29 de junho de 1958, dia em que conquistamos o primeiro título mundial, ao vencermos a Suécia por 5 a 2. Foi uma copa que jamais esqueceremos, pois foi neste mundial que o mundo conheceu Pelé, Garrincha, Gilmar e também o nosso capitão que orgulhosamente levantou a taça de campeão.
Bellini fez sua estréia na Seleção Brasileira em 1957, nas eliminatórias para a Copa de 58 na Suécia, mais precisamente no dia 13 de abril, no empate em 1 a 1 contra o Peru, em Lima. Devido a sua seriedade em campo, o técnico Vicente Feola lhe deu a tarja de capitão já na reta final da preparação para a Copa do Mundo, após ser elogiado publicamente pelo Marechal da Vitória, Paulo Machado de Carvalho. Durante o mundial na Suécia, demonstrou muita seriedade e um estilo de jogo acima da média para os beques da época. O título e o gesto de levantar a taça Jules Rimet só coroaram o excelente mundial realizado. Bellini certa vez disse: "Foi sensacional ir à Suécia em 58, ainda garoto.
Ser convocado já era um prêmio. Ser titular e capitão de uma seleção que só tinha feras então, nem era bom pensar.
São poucas as pessoas no mundo que podem se orgulhar de ter criado algo, um produto, uma fórmula, um objeto e, até mesmo um gesto. Assim como surgiu o cumprimentar de mãos, o abraço, o beijo no rosto, Bellini pode se orgulhar de ter feito pela primeira vez um movimento que alegra dos mais jovens aos mais idosos, do mais rico para o mais pobre. Graças a ele, foi criado um dos gestos mais significativos do futebol e, até mesmo, dos outros esportes; o levantar da taça de campeão. Os brasileiros em especial, jamais esquecerão daquele gesto feito por Bellini no dia 29 de junho de 1958, dia em que conquistamos o primeiro título mundial, ao vencermos a Suécia por 5 a 2. Foi uma copa que jamais esqueceremos, pois foi neste mundial que o mundo conheceu Pelé, Garrincha, Gilmar e também o nosso capitão que orgulhosamente levantou a taça de campeão.
Bellini e o gesto imortalizado
Bellini e seus dois companheiros de Vasco e seleção, Vavá e Orlando
Junho de 1958. O Brasil vence a Suécia por 5 a 2 e conquista sua primeira Copa do Mundo. Como capitão daquela equipe que foi a pura expressão do futebol arte, entrou para a história ao erguer a Taça Jules Rimet aos céus. Com o seu estilo sóbrio de jogar, Bellini sempre foi muito respeitado por todos nos clubes em que atuou como profissional. Isto ocorreu no Sanjoanense, onde iniciou a sua brilhante carreira , no Vasco, clube que o projetou nacionalmente e que lhe deu as suas maiores alegrias como atleta, no São Paulo e no Atlético Paranaense, onde abandonou o futebol aos 39 anos. Sua liderança dentro de campo sempre pode ser notada, quando exigia seriedade e respeito de seus companheiros ao adversário.
O grande capitão brasileiro
Representou o Brasil em 3 Copas: a de 1958 foi o capitão, jogou ao lado de Orlando Peçanha, a dupla de zaga da seleção era a mesma do time titular do Vasco, e fez um gesto copiado até hoje pelos jogadores, a de levantar a taça, na ocasião ele teve que levantá-la pois os fotógrafos não estavam conseguindo visualizar a Taça Jules Rimet; no bicampeonato, apenas "esquentou" banco para Mauro e Zózimo(Bellini já atuava no São Paulo); na Copa do Mundo de 1966, formou dupla de zaga com Altair, porém o Brasil foi eliminado na primeira fase
O mais famoso ponto de encontro dos torcedores que vão ao Maracanã é uma estátua de bronze, em frente a rampa da Avenida Maracanã, representando um jogador simbolico erguendo a Taca Jules Rimet. Erigida para homenagear os bi-campeões mundiais de 58/62, a estátua reproduz o imponente gesto imortalizado por Bellini, até hoje imitado pelos capitães das seleções campeãs das Copas. O rosto da estatua nao apresenta a menor semelhançca com o capitão da seleção campeã do mundo de 58 - ao contrário, dizem que ela se parece com o antigo cantor popular Francisco Alves. Apesar disso, a estátua foi logo batizada de Bellini pelo torcedor carioca. Bellini era também o capitão da equipe do Vasco e um jogador fortemente identificado com a camisa cruzmaltina. Porém, não importando para qual clube torcem, muitos frequentadores do Maracanã costumam marcar encontro "no Bellini".
Didi e Bellini erguem a Taça de campeão do mundo em 68
Hideraldo Luis Bellini, uma glória do futebol!
ResponderExcluirZagueiraço sério, leal e grande profissional.
Ao ser contratado pelo expressivo Vasco da Gama, não se intimidou ao atuar com jogadores como Ademir, Danilo e Barbosa. Conquistou o seu espaço, tornando-se um dos zagueiros mais respeitados no Brasil.
Quando Orlando chegou ao Vasco, formaram uma das mais fortes zagas. Ganharam juntos muitos títulos pela equipe cruzmaltina.
Esta também foi a zaga da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1958. A defesa do Brasil tomou apenas quatro gols em todo o Mundial. Mas o momento mais importante foi quando Bellini, após ser cumprimentado pelo Rei da Suécia, levantou a taça de campeão em um gesto que passou a ser imitado por todos os próximos campeões.
Além de ter sido o capitão da Seleção campeã, deixou na reserva o clássico zagueiro Mauro Ramos de Oliveira, pois era mais sério e voluntarioso.
Jogou depois no São Paulo, não levantando nenhuma taça importante, mas nem por isso deixou de mostrar determinação e profissionalismo nas suas atuações. Nesta época também foi convocado pra Copa do Mundo, mas desta vez ficou na reserva de Mauro no Bi da Seleção, em 1962, no Chile.
Encerrou a carreira no Atlético Paranaense, sagrando-se Campeão Paranaense.
Grande Bellini!
ResponderExcluirPrimeiro capitão brasleiro à erguer a Copa do Mundo!
Eterno Bellini
ResponderExcluiro Mestre!
Segundo os bastidores do futebol, Bellini só não jogou a Copa de 1962 no time titular, porque cavalheiro que era, de comum acordo cedeu seu lugar ao também grande zagueiro do São Paulo FC, Mauro. Vi Bellini estrear em São Januário. Era o que o Felipão diz hoje, com muita propriedade: zagueiro-zagueiro ou, "...zagueiro é pra zagueirar..."
ResponderExcluirAbraços a todos os vascaínos de todos os tempos.
Complementando meu comentário anterior, posso afirmar com absoluta convicção de que se nos meados da década de 40 e a década inteira de 50 houvesse tantas taças em disputa como tem atualmente, São Januário teria de alugar uns três ou quatro salões para guardar tantos troféus que certamente seriam conquistados por aquela equipe maravilhosa. E lanço no ar uma pergunta: logo depois da derrota para o Uruguai (entenda-se time do Peñarol) na Copa de 50, três meses depois o Vasco (que teve 6 titulares na seleção, venceu o mesmo Peñarol, dentro de Uruguai, por 3-0. Então, talvez o Brasil tivesse levantado a Copa de 50 se tivesse como seu representante titular somente o esquadrão do Vasco da Gama. Quem sabe?
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