CARLYLE UM CRAQUE NO GALO
Natural da cidade mineira de Almenara, Carlyle iniciou carreira em um time amador, de estudantes, o Vinte Reunidos, da Escola de Minas em Ouro Preto, quando ainda era estudante de Metalurgia. Nesta época, sonhava em ser titular do Atlético ou do Fluminense, os dois times que gostava. Seu sonho se realizou depois de formado quando mudou-se para Belo Horizonte. Chegou ao Atlético em 1945, com dezenove anos por onde ficou por três temporadas marcando 62 gols em 80 jogos.
Sem passar por nenhum teste preparatório, compôs logo a linha do ataque alvinegro juntamente com Lucas, Lauro, Alvinho e Nívio. Tornou-se um dos grandes ídolos da torcida atleticana.
Ele foi um dos melhores jogadores do futebol brasileiro em sua época. Com um estilo elegante de dominar a bola, com chute certeiro, dribles desconcertantes e gols espetaculares.
Atletico Campeão Mineiro 1947 - Félix Magno(Técnico), Mexicano, Zé do Monte, Afonso Silva, Kafunga, Carango e Murilo Silva. Agachados: Lucas Miranda, Carlyle, Lauro, Lero e Nívio.
Foi primeiro a vestir a camisa da Seleção Brasileira como jogador do Atlético, em 1948.
Um momento marcante da carreira de Carlyle pelo Atlético-MG foi em um clássico contra o América. Após marcar o quarto gol do time em uma goleada, ele pegou a bola dentro do gol, levou-a até o meio-campo e sentou-se em cima para provocar os adversários. Acabou expulso por atitude anti-seportiva após uma confusão em campo.
Foi campeão mineiro em 1947 ao lado de grandes idolos do clube como Kafunga e Zé do Monte.
Em 1947, o Galo foi ao Rio de Janeiro fazer um amistoso contra o América carioca. No jogo Carlyle foi o grande destaque marcando os três gols da vitoria Atleticana por 3x1. A sua excelente atuação foi o passaporte para o rico futebol carioca e Seleção Brasileira
Um momento marcante da carreira de Carlyle pelo Atlético-MG foi em um clássico contra o América. Após marcar o quarto gol do time em uma goleada, ele pegou a bola dentro do gol, levou-a até o meio-campo e sentou-se em cima para provocar os adversários. Acabou expulso por atitude anti-seportiva após uma confusão em campo.
Foi campeão mineiro em 1947 ao lado de grandes idolos do clube como Kafunga e Zé do Monte.
Em 1947, o Galo foi ao Rio de Janeiro fazer um amistoso contra o América carioca. No jogo Carlyle foi o grande destaque marcando os três gols da vitoria Atleticana por 3x1. A sua excelente atuação foi o passaporte para o rico futebol carioca e Seleção Brasileira
CARLYLE É CONVOCADO PARA A SELEÇÃO BRASILEIRA
O atacante foi convocado por Flávio Costa e substituiu Friaça na partida contra o Uruguai, válida pela Copa Rio Branco, no Estádio Centenário, em Montevidéu. O jogador atleticano marcou o segundo gol brasileiro, que acabou perdendo por 4 a 2. No mesmo ano, Carlyle ficou famoso ao marcar três gols em um amistoso no goleiro Barbosa, do Vasco, e acabar com uma invencibilidade de 15 jogos do camisa 1.
Pela Seleção, disputou o campeonato Sul-Americano no Uruguai. Não consquistaram o título, mas Carlyle foi um dos artilheiros do campeonato. Ficou famoso por fazer gols inesquecíveis.
Pela Seleção, disputou o campeonato Sul-Americano no Uruguai. Não consquistaram o título, mas Carlyle foi um dos artilheiros do campeonato. Ficou famoso por fazer gols inesquecíveis.
CAMPEÃO E ARTILHEIRO NO FLUMINENSE
Em 1950 se trasferiu para o Fluminense. Fez belas apresentações e se tornou o artilheiro do Campeonato Carioca de 1951, com 23 gols, formando um ataque com Santo Cristo, Didi, Orlando e Rodrigues.
Acima um dos grandes ataques que compos no tricolor;
Telê Santana, Orlando Pingo de Ouro, Carlyle, Didi e Joel
Fluminense Campeão Carioca 1951 - Pé de Valsa, Edson, Jaiminho, Castilho, Pinheiro e Lafaete.
Agachados: Tele , Joel , Carlyle, Orlando
Agachados: Tele , Joel , Carlyle, Orlando
Já totalmente adaptado no Rio de Janeiro foi convocado para seleção carioca que inaugurou oficialmente o Maracanã, em partida contra a seleção paulista. Carlyle por pouco não foi o primeiro a marcar no grande estádio do Marcanã ao chutar uma bola na trave logo no início do jogo. Momentos mais tarde, participou da jogada em que Didi marcou o primeiro gol do maior estádio do mundo na época. Suas grandes atuações lhe valeram outra convocação para a Seleção Brasileira para disputar a Copa do Mundo de 1950. Porém, acabou sendo cortado, depois de uma discussão que teve com Pais Barreto, o médico da Seleção. Em 53, Carlyle trasfeiu para o Santos, no ano seguinte foi para o Palmeiras e em 55 voltou ao Rio defender o Botafogo onde dois anos mais tarde encerrou a carreira.
Mas em 1952 foi substituído por Marinho. Resolveu então ir jogar no Botafogo.
CARLYLE AGORA É DO BOTAFOGO
Tomou então o rumo do Alvinegro, atuando nas temporadas de 1953 e 1954, chegando a formar um quinteto ofensivo com Garrincha, Geninho, Carlyle, Dino da Costa e Vinícius.
Em pé: Gérson dos Santos, Gilson, Nilton Santos, Danilo Alvim, Ruarinho e Orlando Maia. Agachados: Mané Garrincha, Dino da Costa, Carlyle, Paulinho e Vinicius
TEMPERAMENTAL E VAIDOSO
Mas Carlyle era temperamental, julgava-se, digamos assim, uma segunda edição de Heleno de Freitas (1920-1959), mineiro como ele, e criou casos não apenas em Álvaro Chaves como em General Severiano. Mas parece que sentia-se mal pelo fato de que sua orelha esquerda era atrofiada e só admitia ser fotografado de perfil.
Mas Carlyle era temperamental, julgava-se, digamos assim, uma segunda edição de Heleno de Freitas (1920-1959), mineiro como ele, e criou casos não apenas em Álvaro Chaves como em General Severiano. Mas parece que sentia-se mal pelo fato de que sua orelha esquerda era atrofiada e só admitia ser fotografado de perfil.
No início de 1954, a revista Manchete o escolheu para ser o primeiro jogador a posar com o novo uniforme canarinho da Seleção Brasileira (foto, com Borjalo no destaque), após um concurso lançado pelo Correio da Manhã e ganho por um gaúcho. E Carlyle, belo porte, feições e corpo de atleta, não fez por menos: posou de perfil, escondendo a orelha que hoje, com a moda dos cabelos grandes, não lhe provocaria um complexo tão grande.
A vida pessoal de Carlyle é um capítulo a parte. Dono de um belo patrimônio fazia questão de ostentar sua riqueza. Adorava ser o centro das atenções. Dizem que foi o primeiro Atleta profissional em MG a possuir um automóvel, um belo conversível chevrolet, que causava inveja e admiração por onde passava. Era também "boa pinta" fazia um enorme sucesso com as mulheres. Quando jogou no Atlético além de ser o artilheiro foi também o "Rei da Noite" Belo-horizontina. A fama de boêmio só pode ser comparada a de Paulo Valentim, que nos anos 50´s se envolveu com a famosa prostituta Hilda Furação. Dono de um temperamento explosivo se envolveu em várias brigas. Quando jogava no Botafogo, se desentedeu com Zezé Moreira em um restaurante na cidade de Aracaju-SE. Houve uma violenta troca de garrafadas e foi afastado da equipe. De volta ao Rio, fez uma carta a diretoria do Botafogo, explicando os fatOs, e um grande amigo seu, por considerá-la muito violenta, pediu permissão para modificá-la em alguns aspectos. A carta foi publicada nos jornais da época e teve grande repercussão. O amigo que fizera as modificações era Armando Nogueira.
Títulos: Campeão Mineiro pelo Atlético em 1947, 1949 e 1950; Campeão carioca pelo Fluminense em 1951
Títulos: Campeão Mineiro pelo Atlético em 1947, 1949 e 1950; Campeão carioca pelo Fluminense em 1951
Carlyle atuava como meia-direita do Atlético Mineiro, mas suas características eram mais de centroavante. Tinha enorme facilidade pra marcar gols, inclusive fez vários de bicicleta. Atuando no forte Galo dos anos 40, chegou à Seleção Brasileira.
ResponderExcluirAnos depois, foi contratado pelo Fluminense de Castilho e Didi, onde também marcou época. Teve também uma boa passagem pelo Botafogo do Rio, atuando ao lado de um jovem Garrincha.