FTT - Futebol de Todos os Tempos

ENTREVISTAS COM EX JOGADORES, TECNICOS, DIRETORES E PESSOAS LIGADAS AO FUTEBOL QUE CONTRIBUIRAM DE ALGUMA FORMA PARA QUE PUDESSEMOS CONHECERMOS UM POUCO MAIS DA HISTORIA DO FUTEBOL BRASILEIRO E MUNDIAL.

segunda-feira, 29 de março de 2010

PROPAGANDA DA FIRESTONE



HOMENAGEM AOS CAMPEÕES DA
COPA DE 1958.
A propaganda saiu na Revista Manchete.
(HOMENAGEM DOS REVENDEDORES FIRESTONE)

Craque da Semana - " PITA "

PITA

Meia direita extremamente habilidoso e inteligente, Pita fez história nos clubes por qual passou. Revelado no Santos, em 1977, o jogador jogou também no São Paulo, Strasbourg (França), Guarani e teve uma passagem pelo Japão. Pita era um excelente lançador e batedor de faltas.


A carreira de Pita no futebol começou num torneio de praia, em Santos. Encantados com a técnica do jogador, olheiros da Portuguesa Santista o levaram para treinar na equipe, onde tornou-se o grande destaque da equipe dente-de-leite do clube.
Pita foi tiradoentão pelos dirigentes do Santos , da Portuguesa Santista, onde brilhava nas divisões de base. Com seu preciso toque de bola, suas finalizações de canhota e seus lançamentos milimétricos, foi destaque do Santos no fim dos anos 70 e início dos 80. Comandou o esquadrão que viria a ser conhecido como "Meninos da Vila", que foi campeão do Campeonato Paulista de 78. Este foi seu maior momento na Vila.


No ano seguinte, o Santos passou por uma grave crise financeira. O técnico Formiga assumiu a equipe principal e chamou vários jogadores dos juniores para treinar com os profissionais, já que não havia dinheiro para investimentos. Nesse grupo, que ficou conhecido como "Meninos da Vila, estava Pita. Foi um time formado em sua maioria por jovens jogadores e que jogavam um futebol envolvente. Nilton Batata um habilidoso ponta direita, Juary centro avante veloz e João Paulo um ponta esquerda que fazia muitos gols. Era um ataque arrasador que tinha ainda Claudinho e Rubens Feijão se revezando na linha de frente e sem deixar o ritmo cair. Pita e Ailton Lira alimentavam este ataque com precisos lançamentos e chegavam tambem na frente para fazerem seus gols.
Com sua excelente técnica, lançamentos precisos e ótimo toque de bola, o jogador foi um dos destaques da Santos naquele ano. Logo de cara, Pita comandou o Santos ao título paulista de 1978, o primeiro após a saída de Pelé. Pita defendeu a camisa alvinegra praiana em 412 jogos e marcou 53 gols.

Em 1984, após seis anos no Santos, Pita foi trocado por Zé Sérgio e seguiu para o São Paulo.
PITA VAI PARA O TRICOLOR PAULISTA


No Tricolor não foi diferente: o jogador continuou fazendo história. Ao lado de Silas, Müller, Careca e Sidney formou uma equipe excepcional. No comando estava o técnico Cilinho, que também apostou na garotada. Não teve muitas chances na seleção brasileira, talvez sua timidez exagerada que o atrapalhava. Pita fez apenas 8 partidas com a camisa amarelinha e foi campeão panamericano em 87. Fez belissimos gols com a camisa tricolor. Pita ditava o ritmo do meio campo do time do São Paulo, era ele o maestro da equipe, que ficou conhecida como "Os Menudos do Morumbi". Esse time conquistou o Campeonato Paulista (85) e Brasileiro (86). Ele teve problemas com o técnico Cilinho, mais uma intervenção da diretoria não deixou que ele saísse precocemente do São Paulo.
O que mais impressionava nesse jogador era a capacidade do drible em espaços curtos e a visão que tinha de jogo.Cansou de colocar Careca e Muller na cara do gol. Uma vez fez um gol antológico contra o Palmeiras (no empate de 4 a 4 em 1985) que ficou marcado nos anais do futebol, um gol que era digno de qualquer apresentação de programa esportivo. Driblou meio time do Palmeiras, driblou o goleiro Emerson Leão e não entrou com bola e tudo por respeito.

TITULOS:
Campeonato Paulista – 1978 – Santos

Campeonato Paulista – 1985 – São Paulo

Campeonato Paulista – 1986 – São Paulo

Campeonato Brasileiro – 1986 – São Paulo

Campeonato Pan-Americano – 1986 – Brasil

PREMIOS

1982 - Santos / Bola de Prata da revista "Placar"

1983 – Santos / Bola de Prata da revista "Placar"

1986 – São Paulo / Bola de Prata da revista"Placar"

domingo, 28 de março de 2010

Encontros Eternizados - GILMAR e YASHIN


Yashin & Gilmar dois dos maiores
goleiros que o mundo já viu. Esta foto
é do dia 30.06.1961.
LEV YASHIN
Yashin revolucionou a posição de goleiro. Com 1,88m de altura e longos braços, foi o primeiro a sair da pequena área para cortar cruzamentos e avanços de atacantes. Discreto e bem colocado, defendia os tiros mais perigosos sem espalhafato. Sua imagem todo vestido de negro à frente da rede branca lhe valeu o apelido de Aranha Negra.
Além de ser o único goleiro a ganhar a Bola de Ouro de melhor jogador da Europa, em 1963, foi o melhor goleiro das Copas de 1958, 1962 e 1966, da Eurocopa de 1960 e 1964 e das Olimpíadas de 1956, 1960 e 1964. Apesar da carreira gloriosa, Yashin conheceu a tristeza no fim da vida: teve uma perna amputada em 1984, sofreu um derrame cerebral em 1986 e morreu em 1990, vítima de câncer no estômago.
GILMAR DOS SANTOS NEVES
Gilmar fez sua estreia na Seleção Brasileira em 1 de março de 1953, na vitória de 8 a 1 sobre a Bolívia, válida pelo Campeonato Sul-Americano (atual Copa América), disputado no Peru. Assim como nos clubes em que passou, Gilmar também fez história na Seleção do Brasil. Em 1958, ajudou a Seleção Brasileira a conquistar a sua primeira Copa do Mundo. Em 1962, repetiu o feito conquistando sua segunda Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Em 1966, Gilmar também estava lá. Porém, ele não teve a mesma glória de 1958 e 1962, embora tivesse jogado duas partidas, e mais tarde seria substituído por Haílton Corrêa de Arruda, o Manga. Gilmar jogou pela Seleção Brasileira até 1969, sendo a vitória de 2 a 1 contra a Inglaterra, em 12 de junho, num amistoso disputado no Maracanã sua última partida pela seleção

sábado, 27 de março de 2010

Revista do dia - VIDA DO CRACK 1953



Capa da Revista VIDA DE CRACK com o atacante Pinga do Vasco.

o ano de ouro da sua carreira viria em 1952. Pinga foi campeão e artilheiro do Torneio Rio-São Paulo pela Portuguesa, campeão brasileiro pela Seleção Paulista e campeão Pan-Americano no Chile - o primeiro título do Brasil no exterior. Nessa competição, Pinga foi autor de dois tentos, sendo sistematicamente lançado no decorrer das partidas no lugar de Ademir ou Baltazar. No ano seguinte, Pinga também participou da Seleção que se sagrou vice-campeã sul-americana em Lima. Muito embora a trajetória da Seleção deixasse a desejar, Pinga apareceu com relativo sucesso, inclusive atuando pela primeira vez deslocado pela ponta esquerda.
O passe de Pinga alcançou nessa altura uma cotação elevada, culminando com a sua transferência para o Vasco, a mais vultosa do futebol brasileiro até aquela data. Logo de início, Pinga justificou o investimento do clube, tendo brilhante participação na conquista do Torneio Octogonal Rivadávia Correia Meyer, disputado no Rio e em São Paulo. Pinga marcou os dois gols na final em que o Vasco derrotou o São Paulo por 2x1, no Maracanã. Em 1954, Pinga foi à Copa do Mundo na Suíça, porém a Seleção cumpriu uma malfadada campanha que terminou em eliminação nas quartas-de-final pela Hungria.

Esquadrão Inesquecivel - PALMEIRAS 1951

Este time do Palmeiras era basicamente o time que fora campeão paulista no ano anterior ,em 1950. Já em 1951 o resultado foi ainda melhor com a conquista do Rio-SP e a Copa Rio.

Na verdade, tal feito tem o status de um dos mais significativos episódios da história de todo o futebol nacional, pois resgatou a credibilidade e a confiança do torcedor brasileiro que, um ano antes, vira a nossa Seleção perder a final da Copa do Mundo para o Uruguai.
A fama que o Brasil tinha de ser o melhor selecionado do planeta, muito embora ainda não tivesse ganhando uma Copa do Mundo, ficou profundamente arranhada com a derrota para os uruguaios. A decepção de todo o povo foi tão gigantesca que se chegou a temer pelo futuro do futebol em nosso País. Com os clubes já organizados mais ou menos da forma como hoje os conhecemos, com idéias de torneios em níveis interestadual e até mesmo nacional começando a ser esboçadas, o que não se podia aceitar era um descaso ao esporte que, àquela altura, já encantava milhões de pessoas


Daí a idéia da CBD (atual CBF) em organizar a Copa Rio, cujo nome oficial foi I Torneio Internacional de Clubes. A competição teve jogos disputados no Maracanã e no Pacaembu e contou com a presença de oito das melhores equipes do mundo.
O Vasco da Gama/RJ, que tinha em seu elenco oito jogadores que haviam disputado a Copa de 50 pelo Brasil, era o favorito disparado. Mas a Juventus/ITA, onde sete feras da Azurra e uma da seleção sueca também atuavam, era outro time pra lá de forte. O Estrela Vermelha, por sua vez, carregava o status de ser a base da seleção da Iugoslávia, o mesmo acontecendo com o Áustria Viena, que tinha em seu time nada menos do que 10 nomes do selecionado austríaco. Olympique de Nice/FRA e Sporting/POR também se qualificavam como as mais fortes equipes de seus países, e o Nacional/URU trouxe para o Brasil dois campeões mundiais - Perez e Paz


Liminha, Ponce de Leon, Richard, Jair Rosa Pinto e Rodrigues Tatu - Que ataque fabuloso !

A taça, no entanto, ficou com o Palmeiras, cujo elenco também era composto por verdadeiras feras: além de Jair Rosa Pinto, Juvenal e Rodrigues Tatu, personagens da chamada "Tragédia do Maracanã" de uma no antes, o Verdão tinha nomes como Lima, Waldemar Fiúme, Liminha, Canhotinho, Achilles...
Mas a conquista só foi possível graças à intervenção do líder, craque e capitão do nosso time. Foi Jair Rosa Pinto quem, após a derrota para a Juventus/SP por 4 a 0, no Pacaembu, convenceu o técnico Ventura Cambon a mexer em algumas posições. Assim foram sacados ídolos eternos do clube, mas que não viviam um bom momento, caso principalmente de Oberdan. E como o futebol tem segredos que só mesmo os seus deuses conhecem, foi justamente o goleiro reserva Fábio Crippa o maior responsável não só pela classificação palmeirense à grande final como também pelo próprio título que obtivemos.
Por falar nele, a festa vista em São Paulo/SP quando da chegada dos campeões do mundo foi inesquecível. Jornais da época apontam a presença de cerca de 1 milhão de pessoas, que saudaram os jogadores e membros da comissão técnica com lenços brancos, como era costume então. Dentre o público, presença marcante também de torcedores de outros clubes, já que a conquista palmeirense, como dissemos, resgatou o sentimento de brasilidade de cada torcedor


TODOS OS CAMPEÕES
Goleiros: Oberdan, Fábio Crippa e Inocêncio - Médios: Sarno, Túlio, Luís Villa, Dema e Gérsio - Zagueiros: Salvador, Juvenal, Waldemar Fiúme e Palante - Meias: Ponce de Leon, Jair Rosa Pinto e Achilles - Atacantes: Lima, Liminha, Rodrigues Tatu, Richard e Canhotinho

Gol de Canhotinho


A SEMIFINAL E A FINAL 
 
VASCO DA GAMA (BRA) 1 X 2 PALMEIRAS (BRA)

Data: 11/07/1951 Semifinal / 1º Jogo
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Graigh (Inglaterra)
Gols: Richard 24/1º, Maneca 01 e Liminha 37/2º

VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto, Clarel, Eli, Danilo, Alfredo, Tesourinha, Ipojucan (Vasconcelos), Friaça, Maneca e Djair / Técnico: Otto Glória.

PALMEIRAS: Fabio Crippa; Salvador, Juvenal, Waldemar Fiúme, Luis Villa, Dema; Liminha, Achilles, Richard, Jair e Rodrigues / Técnico: Ventura Cambon.

VASCO DA GAMA (BRA) 0 X 0 PALMEIRAS (BRA)

Data: 15/07/1951Semifinal / 2º Jogo
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Gama Malcher (Brasil)

VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto, Clarel, Eli, Danilo, Alfredo, Tesourinha, Vasconcelos, Friaça, Maneca e Djair / Técnico: Otto Glória.

PALMEIRAS: Fabio Crippa; Salvador, Juvenal, Waldemar Fiúme, Luis Villa, Dema; Liminha, Achilles, Richard, Jair e Rodrigues (Ponce de Leon) / Técnico: Ventura Cambon.

PALMEIRAS (BRA) 1 X 0 JUVENTUS (ITA)

Data: 18/07/1951Final / 1º Jogo
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro
Árbitro: Franz Grill (Áustria)
Gols: Rodrigues 20/1º

PALMEIRAS: Fabio Crippa; Salvador, Juvenal, Túlio, Luís Villa, Dema; Lima, Ponce de Leon, Liminha, Jair e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.

JUVENTUS: Viola, Bertucceli, Manente, Mari, Ferrari, Piccinini, Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Vivole e Praest. Técnico: Carver


PALMEIRAS (BRA) 2 X 2 JUVENTUS (ITA)
Data: 22/07/1951Final / 2º Jogo
Local: Estádio do Maracanã / Rio de Janeiro
Árbitro: Tordjan (França)
Gols: Praest 18/1º, Rodrigues Tatu 02, Karl Hansen 18 e Liminha 32/2
PALMEIRAS: Fabio Crippa; Salvador, Juvenal, Túlio, Luís Villa, Dema; Lima, Ponce de Leon (Canhotinho), Liminha, Jair e Rodrigues / Técnico: Ventura Cambon.

JUVENTUS: Viola, Bertucceli, Manente, Mari, Parola, Bizzoto, Muccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Johan Hansen e Praest / Técnico: Carver

quarta-feira, 17 de março de 2010

Encontros Eternizados - GARRINCHA,CASTILHO e JOÃO GOULART


O presidente João Goulart recebe os bi campeões mundias Garrincha e Castilho em Brasilia em 1962.

Revista do dia - REVISTA DO ESPORTE 1967


Revista do Esporte de 13 de Setembro de 1967.
Na capa Alcindo do Grêmio e Edu Antunes do America RJ.

Craque da Semana - EDU ANTUNES

Quem só viu futebol a partir da década de 80 pode achar que a família Antunes, de Quintino, revelou apenas um craque: Arthur Antunes Coimbra, o Zico. Mas aqueles que acompanharam o esporte nas duas décadas anteriores sabem que isso não é verdade. Eduardo Antunes Coimbra, o Edu, foi um dos maiores jogadores da história defendendo o América. É o maior artilheiro que o clube teve até hoje, com 212 gols.



Filho do meio de Seu Antunes e Dona Matilde, Edu seguiu os passos do irmão Zeca (José Antunes) e partiu em busca de um lugar no futebol. Aos 15 anos, em 1962, ingressou no time infantil do América e se destacou com uma velocidade recorde. Muita gente não sabe, mas Eduzinho conseguiu o feito de atuar pelo Infantil, Juvenil e Profissional do clube em menos de quinze dias.
Ele foi um autêntico camisa 10, um meia-direita que usava de habilidades físicas e psicológicas para driblar seus marcadores (até escreveu um livro sobre o assunto). É o maior ídolo da história de um clube carioca, que tem uma torcida fiel e tradicional. Estava cotado para o grupo da Copa de 70. Ah, e também é irmão do Zico






Edu sempre habilidoso passa por dois no treino do America

Era um ponta-de-lança habilidoso, um artista de dribles curtos, deslocamentos precisos e chutes certeiros. A partir de 1966, depois de ser lançado por Wilson Santos, ex-zagueiro e técnico do Juvenil, passou a defender efetivamente os Profissionais do alvirrubro e começou a sua trajetória como artilheiro, que só terminou em 1974 quando conquistou a Taça Guanabara, único título pelo clube. Esta equipe tinha Orlando, Luizinho e Bráulio e é considerada uma das melhores safras americanas em todos os tempos. Porem Edu atuou no começo como camisa 9 e foi inclusive artilheiro do Roberto Gomes Pedrosa de 1969 e considerado o Melhor Jogador da America do Sul neste ano. Nem isto serviu para Zagallo leva-lo entre os 22 para a Copa de 70. Ficou apenas na relação dos 40 convocaveis.Com a chegada do tecnico Zizinho ao America ele foi então colocado na função de ponta de lança com a camisa 10.




Edu fez parte de um dos melhores times do America nos anos 70,
jogando com outros craques como Orlando, Alex, Braulio e Ivo.


No ano seguinte Edu partiu para uma vida cigana. Ele se transferiu para o Vasco e logo depois para o Bahia, onde se sagrou campeão estadual em 1975. Em 1976 um momento histórico. Edu atuou uma temporada ao lado do irmão Zico, no Flamengo. Com Antunes ele já havia feito uma dupla infernal no América. No mesmo ano ainda jogou no Colorado (PR) e depois no Joinville (SC). Em 1979 o baixinho dos Antunes (1,64) conhecido como Pequeno Príncipe, foi jogar em Brasília dando continuidade a carreira nômade. Pendurou as chuteiras em 1981, após duas temporadas no Campo Grande, do Rio de Janeiro.

Pela Seleção Brasileira Edu disputou apenas dois jogos, em 1967, conquistando a Copa Rio Branco. Muitos cronistas consideram injusta a modesta passagem dele pela Seleção e alguns garantem que ele teria uma vaga entre os 22 jogadores que disputaram a Copa do Mundo em 1970.

sábado, 13 de março de 2010

Esquadrão Inesquecivel - CRUZEIRO 1992

O DREAM TEAM

O mundo ainda estava maravilhado com a atuação da Seleção de Basquete dos Estados Unidos que teve, pela primeira vez, a permissão para inscrever os craques profissionais da NBA nos jogos olímpicos disputados em Barcelona, na Espanha, em 1992. A primeira Seleção de Basquete profissional dos EUA foi chamada pela mídia de "Dream Team" ou "Time dos Sonhos".Após as Olimpíadas, o Cruzeiro iniciou uma série de contratações de jogadores planejando a conquista do bicampeonato da Supercopa
Agora o Cruzeiro vinha com tudo, o clube investiu pesado contratando grandes nomes .O Clube repatriou o volante Douglas, ídolo do clube na década de 1980, que estava no Sporting de Portugal. Também repatriou o zagueiro Luizinho, também do Sporting. Trouxe do Botafogo o craque Renato Gaúcho e o ponteiro esquerdo do Guarani, Roberto Gaúcho. A diretoria ainda conseguiu a liberação por empréstimo do meia Betinho, do Palmeiras, que já havia atuado com muito sucesso pelo time em 1988 e 1989. A série de reforços, a maioria sob pedidos da torcida, como foi a Seleção de Basquete dos EUA, levou o novo time a ser chamado de "Dream Team"A torcida estava muito empolgada com o novo time e o recorde mundial de média de público como mandante foi estabelecido pela China Azul na Supercopa de 1992
.




Paulo Roberto, Celio Lucio, Luisinho, Douglas, Nonato e Paulo Cesar Borges. Agach: Betinho, Luiz Fernando Flores, Boiadeiro, Renaro Gaucho e Roberto Gaucho


A CAMPANHA

A primeira vítima celeste foi o time colombiano Nacional de Medellín. A partida, disputada em Medellín terminou com um empate de 1 a 1 e o Cruzeiro só precisaria de uma vitória simples no Mineirão para seguir em frente na competição. Mas ao invés de um vitória simples, o maior de Minas, com o apoio de 70 mil torcedores que compareceram ao estádio em um jogo de primeira rodada e no meio da semana venceu o time colombiano por 8 a 0! Fenomenal! Só Renato Gaúcho marcou 5 dos 8 gols cruzeirenses.
Na segunda partida, mais uma vez o River Plate cruzou o caminho do Cruzeiro. A primeira partida entre os dois times foi disputada em Belo Horizonte e terminou com um placar de 2 a 0 para o Cruzeiro. Agora os argentinos teriam que vencer a segunda partida em casa por três gols de diferença. Jogar com o River era sinônimo de emoção! Os argentinos contaram com a ajuda do árbitro nos noventa minutos disputados na Argentina e a etapa normal de jogo terminou com um placar de 2 a 0 a favor dos argentinos, sendo que os 2 gols foram marcados de pênalti nos últimos cinco minutos. Além disso, três jogadores do Cruzeiro tinham sido expulsos. Mas ser cruzeirense é viver de emoção e de conquistas! A vaga para seguir em frente na competição seria disputada nos pênaltis e o Cruzeiro não decepcionou! Enquanto o River desperdiçou uma das suas cinco cobranças o Cruzeiro marcou os cinco gols! O Cruzeiro venceu o River mais uma vez e seguiu para a semi-final!




Boiadeiro contra o River Plate. O craque comandou o time celeste em toda campanha e acabou sendo convocado para a seleção brasileira que disputou a Copa America .

A semi-final foi disputada conta o Olímpia do Paraguai. A primeira partida foi disputada em Assunção, e terminou com um resultado de 1 a 0 para o Cruzeiro, com um gol marcado de cabeça por Luiz Fernando.

A segunda partida disputada no Mineirão com um publico de 83636 pagantes , terminou com um empate de 2 a 2 gols de Amarilla e Ramirez para o time paraguaio e Paulo Roberto cobrando penalti e Roberto Gaucho. O Cruzeiro se classificou assim para as finais da Supercopa.




Renato Gaucho sofre penalti contra o Olimpia.

Argentinos e revanche novamente!
Só que desta vez o sentimento de revanche era por parte dos cruzeirenses, uma vez que a final do torneio foi disputada contra o Racing, que ganhou a Supercopa da Libertadores de 1988 em cima do Cruzeiro. Como em todo o torneio a China Azul compareceu em peso no primeiro jogo da final, mais de 90 mil pessoas compareceram ao Gigante da Pampulha (Mineirão). Estes 90 mil apaixonados presenciaram um show azul do início ao fim.


Luisinho e Celio Lucio soberanos contra o Racing no Mineirão

Aos 31 minutos Roberto Gaúcho chutou forte, contou com o desvio do zagueiro argentino Reinoso e marcou o primeiro gol azulado para a alegria dos cruzeirenses. Festa total! Era o primeiro gol rumo ao bi! O segundo gol saiu aos 12 minutos do segundo tempo quando Renato Gaúcho cruzou a bola para Roberto Gaúcho mandá-la de cabeça para dentro das redes! A alegria agora era maior, o Cruzeiro tinha um pouco mais de 30 minutos para aumentar sua vantagem e logo aos 25 minutos da etapa complementar o terceiro gol azul foi marcado por Luis Fernando depois de uma bela jogado de Roberto Gaúcho. O Cruzeiro já estava com uma mão na taça, mas não quis parar por aí e aos 40 minutos Boiadeiro fez um lindo gol para selar a goleada. Se os argentinos quisessem ser campeões teriam que ganhar por cinco gols na Argentina, uma tarefa quase impossível. A segunda partida disputada em Buenos Aires terminou com um placar de 1 a 0 a favor do Racing e o Cruzeiro garantiu assim o titulo de bicampeão da Supercopa.




Ficha Técnica da Primeira Partida da Final

18/11/1992
Mineirão
Arbitro:Jose Joaquim Torres (Col)
Publico: 78.077

Gols:Roberto Gaucho 37, Roberto Gaucho 7 do seg., Luiz Fernando 17 e Boiadeiro 28

CRUZEIRO: Paulo César Borges, Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luizinho, Nonato, Douglas, Boiadeiro, Luis Fernando, Betinho (Cleísson), Renato Gaúcho, Roberto Gaúcho.

RACING: Roa,Reinoso, Borelli, Zaccanti, Distefano, Matosas(Torres), Costas, Ruben Paz, Guendulain, Cláudio Garcia e Graciani(Vallaros).

sexta-feira, 12 de março de 2010

Encontros Eternizados - DIDI e KOPA



DIDI e KOPA se encontraram antes da partida final entre Brasil e França na Copa de 1958 na Suécia. Não poderiam imaginar que no ano seguinte estariam jogando juntos no Real Madrid ao lado de outrs feras como Di Stefano , Gento e Puskas.


PROPAGANDA DA EMPIRE 1958

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Pelé é o garoto propaganda fazendo um gol
Os Melhores lances do VI Campeonato Mundial de Futebol, vividos através de um radio EMPIRE


Mod. ACDC 5 valvulas, curtas e longas, corrente cont. e alternada. Tomada para pick up. Movel em marfim ou em Imbuia

terça-feira, 9 de março de 2010

Esquadrão Inesquecivel - VASCO DA GAMA 1977

O Vasco formado em 1977 foi um timaço. Mazzaroppi um grande goleiro que marcou o recorde no campeonato carioca deste ano ao ficar 1.816 minutos sem tomar gols.

Orlando Lelé o excelente lateral direito e o zagueiro Geraldo foram adquiridos do America RJ. Abel o xerifão da defesa e Marco Antonio vieram do Fluminense.
O meio tinha Ze Mario um volante firme que combatia o campo todo. Zanata ficava encarregado de armar o time com a ajuda do formiguinha Dirceu. Este um falso ponta esquerda que estava em todas as partes do campo.


Na frente Wilsinho um ponta infernal que tinha no drible sua maior arma. Ramon que foi o artilheiro do brasileiro em 1974 e o idolo roberto Dinamite fazendo gol de toda maneira.

Não a toa foi o artilheiro do estadual com 21 gols.
Porem o time não parava por aí e contava no banco com grandes e uteis jogadores como:
Guina, Gaucho, Paulinho, Helinho e Zandonaide.
Comandando magistralmente este time estava Orlando Fantoni apelidado pelos jogadores de Titio Fantoni.


Titio Fantoni abraça Abel


Abel, Wilsinho e Marco Antonio tres titulares
deste timaço





TABELA COMPLETA DOS JOGOS
Goytacaz 2-1 Roberto(2) 03.04.1977
Bangu 6-0 Ramón(2), Orlando(2), Roberto, Luís Fumanchu 06.04.1977
Campo Grande 4-0 Roberto, Ramón, Luís Fumanchu, Orlando 10.04.1977
América 0-1 13.04.1977 Olaria 3-0 Roberto, Dirceu, Luís Fumanchu 17.04.1977
Madureira 7-1 Zanata(2), Luís Fumanchu, Roberto(2), Ramón(2) 24.04.1977
Flamengo 3-0 Zanata, Roberto(2) 27.04.1977
São Cristóvão 3-0 Roberto, Ramón, Marco Antônio 01.05.1977
Volta Redonda 1-0 Zanata 08.05.1977
Fluminense 1-0 Ramón 15.05.1977
Portuguesa 3-1 Roberto, Luís Fumanchu, Dirceu 18.05.1977
Bonsucesso 2-1 Roberto(2) 25.05.1977
Americano 3-0 Ramón(2), Roberto 29.05.1977
Botafogo 2-0 Roberto (2)
Segundo Turno -
Campo Grande 2-0 Abel, Orlando 24.07.1977
Portuguesa 3-0 Ramón, Roberto(2) 27.07.1977
Bonsucesso 3-0 Paulo Roberto, Roberto, Paulinho 31.07.1977
Americano 2-0 Ramón, Marco Antônio 07.08.1977
Flamengo 0-0 17.08.1977
Goytacaz 5-0 Roberto(2), Dirceu, Paulinho, Zandonaide 21.08.1977
Botafogo 2-0 Dirceu, Roberto 04.09.1977
América 2-0 Helinho, Roberto 07.09.1977
São Cristóvão 1-0 Helinho 10.09.1977
Madureira 2-0 Helinho, Jorginho(contra) 13.09.1977
Olaria 3-0 Ramón(2), Paulinho 18.09.1977
Volta Redonda 0-0 21.09.1977 Bangu 2-0 Roberto(2) 25.09.1977
Fluminense 2-0 Paulinho, Edinho(contra)
Partida extra 28.09.1977 * Flamengo 0-0(5-4 pen.)

Data: 28 de setembro de 1977
Motivo: Final do Segundo Turno do Campeonato Carioca
Local: Maracanã
Juiz: Giese do Couto
Público: 152.059
Gols: Na decisão por pênaltis, Vasco da Gama 5 x 4 Flamengo; Marcaram para o Vasco: Paulinho, Orlando, Dirceu, Zandonaide e Roberto; Marcaram para o Flamengo: Júnior, Cláudio Adão, Osni e Zico; Titã perdeu

Flamengo: Cantarelli, Ramirez, depois Tita, Rondinelli, Dequinha e Júnior; Merica, depois Vanderlei, Adílio e Zico; Toninho, Cláudio Adão e Osni. Técnico: Cláudio Coutinho

Vasco da Gama: Mazaropi, Orlando, Abel, Geraldo e Marco Antônio; Zé Mário, Zanata, depois Helinho, e Dirceu; Wilsinho, depois Zandonaide, Roberto e Paulinho. Técnico: Orlando Fantoni
VASCO CAMPEÃO CARIOCA 1977

Craque da Semana - ADILIO


Adilio ainda nos juniores em 1976 com tita e Julio Cesar

  Adílio tem uma história curiosa de amor ao Flamengo desde a infância. Morador da Cruzada São Sebastião - uma comunidade de baixa renda que surgiu a partir da desocupação de uma favela no bairro do Leblon -, Adílio desde menino pulava os muros do clube para acompanhar os treinos do time de futebol. Com seis anos de idade já frequentava a Gávea. Passou por todas as divisões de base sempre se destacando e ficou ao todo praticamente 24 anos no Flamengo.Aos 21 anos de idade, era titular absoluto no meio-campo do Flamengo, jogando com a camisa 8. Além da vaga no time, conquistou o carinho da torcida por ser um jogador raçudo e ao mesmo tempo extremamente técnico. Participou com peça fundamental a partir de 1978 da série de conquistas do Flamengo, que culminaria em 1981 com o título do Mundial de Interclubes. Ao todo foram três títulos brasileiros, além dos quatro títulos de Campeão carioca.Contabilizando o período que vai de 1975 a 1987, ainda a curta passagem em 1993, Adílio disputou 611 jogos pelo Rubro-Negro, marcando no total 128 gols.








Criado no Flamengo, clube que defendeu por grande parte de sua carreira, Adílio atuou ao lado de Zico e Andrade, formando um dos melhores meio-campo da história. Com esse
time, o Fla conquistou suas maiores glórias, incluindo a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes de 1981 e os Brasileiros de 1980, 1982 e 1983.
Adílio era um jogador de rara habilidade e criatividade, dono de um passe perfeito e adepto a um estilo de jogo clássico. Contudo, também soube ser decisivo em sua carreira, como quando marcou o segundo gol do Flamengo na vitória de 3x0 sobre o Liverpool na final do Mundial dE Clubes de 1981, ou quando fez o terceiro gol na vitória de 3x0 sobre o Santos na decisão do Campeonato Brasileiro de 1983. Ganhou a Bola de Prata da Revista Placar em 1977 e 1978.
O jogador atuou no Flamengo entre 1975 e 1987, quando teve a oportunidade de vestir a camisa rubro-negra em 616 partidas, o que faz dele o terceiro jogador com maior número de jogos disputados pelo Flamengo.








O estilo clássico, de rara habilidade, que marcou Adílio, é lembrado até hoje em rodinhas na Gávea. O meia chegou ao clube com seis anos de idade, e ficou até os 30, sendo titular absoluto do time profissional, de 1977 a 86. É jogador de uma época em que jogava-se mais por amor do que por qualquer outro motivo e, quando os craques se identificavam com um clube, permaneciam nele por quase toda a carreira. Jogar no Flamengo foi o maior orgulho da minha vida, derrete-se. Não é para menos: Adílio foi um dos responsáveis pela maioria dos títulos mais importantes do clube, entre eles, três Brasileiros (80, 82 e 83), e a Taça Libertadores e o Mundial, em 81. -Há uma coisa muito importante: foram 24 anos de Flamengo e, só como profissional, conquistei 24 títulos- , orgulha-se.
Desde que chegou ao clube, levado pelo amigo Júlio César "Uri Geller" , outro craque rubro-negro, Adílio usou, em todas as categorias de base, a camisa 10. Quando chegou ao profissional, porém, o número já tinha dono: O Zico era o 10, então, fiquei com a 8. A minha estréia no profissional foi com a 10, pois eu substituí o Galinho (Zico), que estava machucado , recorda-se.
Do supertime do Flamengo da década de 80, do qual ainda fizeram parte Leandro, Andrade, Nunes, Tita, e outros, além da categoria, a união da equipe foi uma marca registrada. Quando se vê, hoje em dia, notícias de desunião no time e de guerra de egos entre as estrelas, a saudade daqueles tempos aperta ainda mais.







Com a gente não havia isso. Até hoje somos amigos. Eu estou sempre com o Júnior, Zico, Rondinelli, Andrade, formamos uma família de verdade. Quando um de nós estava cansado, sem gás, os outros corriam por ele. Era união mesmo, pelo Flamengo. E olha que toda hora saíam jogadores para a seleção, como o Zico e o Júnior, principalmente, e o nível do futebol não caía, porque tínhamos muita garra -, lembra, saudoso. Idolatrado pelos rubro-negros, Adílio poderia, também, ser um ídolo para todo o país, mas nunca disputou uma Copa do Mundo. O assunto, inclusive, ainda aborrece do ex-craque: -É uma mágoa na minha vida. Fiz apenas dois jogos na seleção brasileira. Em 82, em um amistoso contra a Alemanha, eu fui muito bem na partida, dei o passe para o Júnior marcar um gol, e recebi nota 10 dos jornais, como o melhor homem em campo. Estava tudo a meu favor, muita gente acreditou que eu estava praticamente garantido na Espanha, e eu mesmo achei que estava a um passo de realizar este sonho. Mas, no momento final, não fui chamado. Tenho muitos orgulhos no futebol, só faltou a Copa -, lamenta.



Seu desempenho com a 8 da Gávea o levou aatuar pela Seleção Brasileira. Mas, infelizmente não teve muitas chances com a Amarelinha.





Clubes em que atuou: Flamengo, Coritiba, Barcelona (Equador), América de Três Rios (RJ), Itumbiara (GO), Alianza Lima (Peru), Friburguense (RJ) e Barreira (RJ)
Principais títulos: Tricampeão Brasileiro, em 80, 82 e 83, Taça Libertadores da América, em 81 e Mundial Interclubes, em 81, Campeonato Estadual do Rio de Janeiro: 78, 79 (Carioca), 79 (Estadual), 81 e 86.

domingo, 7 de março de 2010

Encontros Eternizados - REINALDO & TOSTÃO


Reinaldo e Tostão, os dois maiores artilheiros do Mineirão

TOSTÃO A MAIOR MÉDIA DE GOLS:
Tostão , do Cruzeiro, mantém a maior média de gols/ano do período. Marcou 143 gols em 8 anos (1965 a 1972), com média de 17,875 gols/ano. Foram 166 partidas disputadas, com média de 0,861 gols/jogo.


REINALDO MAIOR ARTILHEIRO:
Reinaldo, do Atlético, continua sendo o maior artilheiro do Mineirão. Marcou 144 gols durante 11 anos (1973 a 1984), com média de 11,692 gols/ano

Revista do dia - REVISTA DO ESPORTE


REVISTA DO ESPORTE - Vavá e Pelé na Capa
08 de Agosto de 1964
Depois da contusão de Pelé na Copa de 1962 o Brasil começava a armar o time para a Copa da Inglaterra em 66 fazendo diversos amistosos. Vavá que tão bem substituiu Pelé na Copa de 62 jogou ao seu lado nesta partida em 64.

sábado, 6 de março de 2010

Esquadrão Inesquecivel - SÃO PAULO 1986

"Não se reprima..." Menudos, um grupo de garotos de Porto Rico, foi uma verdadeira febre que invadiu o Brasil no começo dos anos 80. Na mesma época, o São Paulo reformulava o seu elenco. Jogadores experientes como Serginho Chulapa, Zé Sérgio, Humberto, Waldir Peres e Paulo César Capeta deixaram o Morumbi. Cilinho assumiu o posto de treinador.

O time começou então a ser formado com a ótima base do São Paulo campeão paulista de 1985.

Gilmar; Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra, Nelsinho; Márcio Araújo, Silas, Falcão; Muller, Careca, Sidnei este foi o time que venceu brilhantemente o campeonato em 85.



Em pé: Fonseca. Gilmar. Basilio. Dario Pereyra e Bernardo.
Agachados:Muller. Silas. Careca. Pita e Sidney

E com ele surgiram jovens atletas. O técnico decidiu apostar nos novatos. Muller, Silas, Sidney, Vizolli, Newton, Márcio Araújo, entre outros, ganharam chance no time principal. No comando do ataque estava Careca, revelado pelo Guarani. Pita, que se destacou no time Meninos da Vila, também chegou para reforçar o clube.A receita de Cilinho deu certo. Os novatos vingaram. Encantaram a torcida tricolor. E com eles em grande fase o São Paulo conquistou o Paulistão de 1985 (venceu a Portuguesa de Edu Marangon, Toninho, Toquinho, Luís Pereira e companhia) na final.
É verdade que não estavam sozinhos. Müller, Silas e Sidney, lançados poucos anos antes do título que se anunciava desde o início da década, tinham companheiros de luxo: a fantástica dupla de zaga formada por Oscar e Darío Pereyra, o veterano Falcão, o experiente Pita, que já havia sido maestro do Santos... Pode-se dizer que não teriam conquistado o título brasileiro sozinhos, mas também é inegável que os "velhinhos" não alcançariam o mesmo sucesso sem o auxílio da voluntariosa garotada.



Muller, Silas, Cilinho,Pita, Sidney e Careca

O São Paulo vinha de um início de década promissor, soube reconhecer uma boa safra, aprimorar o ponto forte de cada um, como a velocidade de Sidney, a visão de jogo de Silas, e tantos outros que Müller possuía, e dar início a um time vencedor. A conquista do título brasileiro de 1986, nos primeiros meses de 87 (coisas do futebol nacional), foi a consagração definitiva. Pepe, aniversariante do dia da decisão, herdou um time bem formado, com jogadores bem formados. Teve humildade de não substituir seu sucessor, apenas sucedê-lo.
 
Nos anos 80, , Muller, Silas e Sidney despontaram para marcar época no São Paulo. Os garotos bicaram o adjetivo que habitualmente persegue as revelações, até mesmo as mais talentosas, e esbanjaram personalidade..Dizer que o Tricolor teve sorte em ter uma safra tão promissora é ignorar a competência dos que, à época, lançaram os garotos. Cilinho era o homem certo na hora certa. Não havia métodos revolucionários, como muitos, inclusive o próprio, pregaram por aí. Houve sensibilidade para pinçar os valores corretos e trabalhar adequadamente com eles.





Careca fez o gol que levou o tricolor a vencer o seu ex-clube e se sagrar campeão Brasileiro de 86

Então experiente, Cilinho soube extrair o melhor de cada um de seus menudos. A mescla com os veteranos, mais uma vez, foi fundamental para o sucesso. O que seria de Silas se Falcão não tivesse dito a ele, na entrada do vestiário, antes da final do Campeonato Paulista de 1985, contra a Portuguesa: "O time deles é bom, mas o nosso é melhor. Não vamos ter medo de ser campeões!".Outro personagem daquela conquista, apesar de menudo do Brinco de Ouro, é o centroavante Careca. E este merece parágrafo especial. Ele era retrato de que o Tricolor também investia na época, não deixava seu futuro a mercê da felicidade de encontrar uma base promissora. E que alívio de pressão isso significava aos meninos! Puderam ascender em paz. Era o retrato que Müller, Silas e Sidney precisavam para lembrar que, em 1978, o companheiro deles havia sido a grande descoberta do único título nacional do Guarani.E, por ironia do destino, justamente em cima do Guarani, era o pé salvador que a um minuto do final viria a colocá-los, tão jovens, numa das galerias mais seletas do São Paulo Futebol Clube. Quanto devem ter aprendido Muller e Sidney atuando com Careca entre eles? E Silas, tendo o camisa nove à sua frente, uma aula de bom posicionamento por jogo?Hoje em dia esse apelido de Menudos não existe mais mas a origem desse termo vem dos anos 80 onde havia uma banda chamada Menudos composta por cinco garotos que cantavam e dançavam. Fizeram muito sucesso, principalmente porque Gugu trouxe esses caras para o Brasil mais de uma vez. Nessa época o time do São Paulo era dirigido pelo técnico Cilinho e havia jogadores jovens (na época) que eram Muller, Silas, Sidnei, Careca (nem tão jovem assim) que tinham um futebol de boa qualidade. Por serem jovens jogadores a imprensa começou a chamar esse time de menudos do Morumbi e o apelido pegou

sexta-feira, 5 de março de 2010

Craque da semana - PROCOPIO

PROCOPIO NO RENASCENÇA
Em 1958, o Renascença, time de uma fábrica de tecidos, que só se dedicava às categorias básicas, deu a Gerson dos Santos, ex-zagueiro do Cruzeiro e do Botafogo, a incumbência de montar seu primeiro time profissional.
Com poucos recursos, o treinador armou uma equipe mesclada de veteranos vindos dos grandes clubes da cidade e de juvenis da casa.
Com poucos jogadores no elenco, Gerson dos Santos treinava entre os reservas. Nesse dia, precisando de um companheiro de zaga, ele pediu ao treinador dos juvenis, Vicente, pra indicar mais um juvenil.
Como era feriado de 7 de setembro, Procópio estava na arquibancada do Estádio dos Eucaliptos e foi convocado para a missão.
"Eu era atacante, mas topei porque não podia perder a chance. E o melhor foi que eu e o Gerson paramos os titulares, que tinham Sabu e Lazzarotti, ex-cruzeirenses, Gaia e Zuca, ex-americanos."
O primeiro desafio profissional de Procópio foi marcar Ubaldo, ídolo da torcida do Atlético-MG.
"Os zagueiros colavam no Ubaldo e ele, muito rápido, desvencilhava-se e partia sozinho pro gol. Eu fazia diferente. Deixava ele dominar a bola pra dar o bote. E ainda costumava driblá-lo, antes de sair jogando. Ele perdia a confiança e não incomodava mais…"



DO RENASCENÇA PARA O CRUZEIRO
Da Renascença para o Barro Preto
Felício Brandi, presidente do Cruzeiro, que andava à procura de um marcador para centroavante alvinegro, entusiasmou-se com a descoberta do beque do Renascença e o contratou em 19fev59:
"Felício pagou 36 mil cruzeiros pelo meu passe e eu assinei por 7 mil mensais. Antes, avisei que sentia fortes dores no pé esquerdo e não tinha certificado militar. Era insubmisso por não ter me apresentado ao Exército devido à morte do meu avô. Felício pediu ao Dr. Renato Zuppo pra cuidar do assunto militar e fui dispensado por ser arrimo de família. O problema no pé era mais simples. Estava fraturado e eu não sabia, pois o Renascença não tinha departamento médico. Quando me curei da fratura, apareceu uma distensão que me deixou parado mais três meses. Os cornetas não perdoaram. Diziam que eu era do time do come-e-dorme. Sorte que Felício confiava em mim."
Em 1960, Procópio conquistou seu primeiro título profissional, o Campeonato Mineiro de 1959. Mais uma vez, fazendo nome em cima de Ubaldo.
No turno, o Cruzeiro venceu por 2×1 e os dribles sobre o centroavante se repetiram. Depois do jogo, Ubaldo atribuiu o baile à chuva e ao gramado pesado.


Procopio com Cesar Maluco

Em sua primeira passagem, formou zaga com Nilsinho, Massinha e Cléver nas conquistas dos estaduais de 1959 e 1960. Foi para o São Paulo em 1961, mas voltou ao clube em 1966, durante a disputa da Taça Brasil, quando fez dupla com William na conquista do título nacional.




Cruzeiro 1960 - Josué, Procopio, Massinha, Nilsinho, Amaury e Clever
Agachados: Nono, Rossi, Emerson , Elmo e Hilton Oliveira


PROCOPIO E MASSINHA
A zaga perfeita
Procópio era um profissional sério, esforçado e, -por que não dizer?-, fominha.
"Eu saia das aulas na Escola de Direito e nem passava no Hotel Financial, onde morava. Ia diretamente pro Barro Preto bater bola com o Massinha, meu companheiro de zaga, que morava debaixo das arquibancadas do Estádio JK. Devo a ele a capacidade de pegar de primeira qualquer bola, o que, tanto servia pra rebater quanto pra marcar gols. Massinha era um beque vigoroso, capaz de dar um toco de cabeça pra impedir um chute do atacante, como eu vi num jogo em Vitória. Além de corajoso, ele tinha estopim curto. Num jogo contra o Siderúrgica, após ser chamado de macaco, ele meteu o dedo na cara de Silvestre e avisou: ‘Tá bom, agora você vai pro pau da goiaba!’ Silvestre sumiu. Qualquer um afinava quando o Massa ficava bravo. Nós formamos uma boa zaga: ele dava o combate direto, eu saia jogando."
Procópio se comove com a simplicidade do velho camarada:
"Massinha era generoso, disponível para os amigos, mas perdia a paciência à toa. Não aceitava desaforos. Em 1967, fomos a Caracas jogar contra o Deportivo Itália, pela Libertadores, e eles estava lá, em fim de carreira. Na metade do 2º tempo, Aírton Moreira mandou o massagista Leopoldino, amigo do Massa, dar instruções ao time pra jogar pela esquerda. Massinha ficou uma fera e botou o Leo pra correr. Mandar o time explorar sua falta de fôlego, era uma traição que o velho amigo cometia."


PROCOPIO NO SÃO PAULO
Apos ser tricampeão mineiro pelo Cruzeiro, Procopio foi para o São Paulo. Jogou por lá durante um ano mas voltou para Belo Horizonte para se casar com Mariam irmã de William que foi seu companheiro de zaga por tato tempo.





A VOLTA PARA MINAS, DESTA VEZ NO ATLETICO
Casado Procopio foi jogar no rival. Jogando no Atletico com seu companheiro de zaga e cunhado, William conseguiram ser campeão mineiro de 1962 . Jogou até 63 somando 60 partidas pelo clube e 2 gols.




PROCOPIO NO FLUMINENSE
"Procópio jogou de espora e penacho como um Dragão de Pedro Américo."
A imagem que Nelson Rodrigues usava para incensar os heróis do Fluminense ajustava-se ao estilo imponente de Procópio Cardozo Neto.
E ficou perfeita na crônica do dia seguinte ao Fla x Flu, pelo Torneio Rio-São Paulo, em 22 abril de 1964, em que Procópio fez o gol de empate aos 41 do 2º tempo:
"O Flamengo vencia por 1×0 quando desarmei o centroavante Aírton, lancei o Carlos Alberto Torres e fui pro ataque. Nosso lateral foi à linha de fundo, cruzou e eu peguei a bola de primeira, ainda no ar."



Fluminense 64: Carlos Alberto Torres. Altair. Oldair. Procópio. Castilho e Nonô.
Agachados:Santana (massagista). Edinho. Denilson. Amoroso. Joaquinzinho e Mateus


PROCOPIO NO PALMEIRAS 1965-66

Neste periodo formou uma defesa espetacular com Djalma Santos, Procopio, Djalma Dias e Ferrari.
Na inauguração do Mineirão esteve presente no gramado se revezando com Valdemar.
As escalações de Palmeiras representando o Brasil e do uruguai.

Brasil [Palmeiras]Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procópio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario).UruguaiTaibo (Fogni); Cincunegui (Brito), Manciera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago (Morales).





SALDANHA SOBRE PROCOPIO
Em 1968, numa mesa-redonda da TV Belo Horizonte, João Saldanha também confessou sua admiração pelo becão:
"Procópio joga no meu time."
Poucos jogadores podem se orgulhar de elogios tão definitivos dos dois maiores cronistas esportivos do país.


A VOLTA AO CRUZEIRO
Em 1966, Procópio voltou ao futebol mineiro. Ficou pouco tempo no Atlético e foi recontratado por Felício Brandi. No Cruzeiro, ele repetiu o tri de 59/60/61, participando de três -66, 67, 68- dos cinco títulos da Academia Celeste nos anos que se seguiram à inauguração do Mineirão.
"O time era extraordinário, mas tinha pouca força física. Eu e o William é quem garantíamos a integridade dos meninos peitando os adversários que apelavam para os pontapés




Campeão brasileiro
Nessa ocasião, Procópio ganhou seu maior título, a Taça Brasil de 1966:
"Tem gente que não aceita, mas a verdade é que fomos campeões brasileiros. Pra disputar a Taça Brasil, era preciso ser campeão estadual. O Cruzeiro jogou 22 partidas antes das 8 da Taça, propriamente dita. E decidiu o título com o Santos, pentacampeão brasileiro e o melhor time do mundo."
Depois dessa decisão, a rivalidade com O Santos explodiu. Os times começaram a ser comparados. Muita gente dizia que o Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes estava tomando o lugar do decadente time de Pelé & Cia.
O Santos passou dez anos sem vencer o Cruzeiro desde os 4×2 de 1958, em que Zizinho vestiu a camisa azul. E só conseguiu quebrar a escrita com um 2×0 em 13out68. Foi um dia fatídico para Procópio.
"O jogo estava quente. Pelé, Darci Menezes (zagueiro) e Murilo (lateral-esquerdo) andavam às turras. Eu avisei ao José Mário Vinhas que, se a violência do Santos não fosse punida, o jogo não acabaria bem. O juiz não tomou atitude e o Pelé, que estava entrando duro em todas as jogadas, me chutou o joelho quando eu tentava passar a bola ao Murilo. A rótula foi parar no meio da coxa. Foi uma dor tão forte, que desmaiei. Dr. Neylor Lasmar me levou para o Hospital das Clínicas. Fui engessado e viajei deitado no piso do avião no voo de volta a Belo Horizonte. Na chegada, me levaram para o Hospital Felício Rocho. Meu joelho parecia uma bola. Fui operado, imediatamente. E a imprensa decretou o fim da minha carreira."
Cinco anos, um mês e treze dias…
Somente Procópio e sua mulher, Mariam, acreditaram na recuperação. Estavam certos. Cinco anos, um mês e treze dias depois, em 26 de novembro de 1973, o beque retomou sua carreira jogando contra o Vasco, no Maracanã.
"Machuquei a duas semanas do vencimento do contrato, que não foi renovado. Gastei minhas economias no tratamento. Foram três anos e meio de terapia no Hospital Arapiara e quase vinte meses pra consolidação da cura e recuperação física e técnica. No jogo de volta, perdemos por 3×1, mas dividi os prêmios de melhor em campo com o Perfumo. E olhe que tivemos correr atrás dos garotos Dé e Dinamite. Joguei mais dois anos e parei, em 1975, pra iniciar a carreira de treinador."
Para muitos é tido como o melhor beque da história azul.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Propaganda da Gillete com GERSON

Detesto brincadeira de mau gosto.
E foi justamente isso que aconteceu comigo. Não vou dizer o nome, mas um gozador muito conhecido escondeu as minhas laminas Gillete Super Azul.
As laminas só apareceram quando eu devolvi a gaiola do passarinho dele.
Tive de ficar 3 dias sem fazer a barba, porque já acostumei com a suavidade da Super Azul.
Estou contando todas estas coisas para acabar de uma vez por todas com a falação deste pessoal que vive pondo reparo na vida da gente.


GERSON , 1970

Propaganda veiculou nas revistas da época como Manchete, esporte Ilustrado e Fatos & Fotos.


terça-feira, 2 de março de 2010

Encontros Eternizados - BARBOSA e CASTILHO


BARBOSA do Vasco e CASTILHO do Fluminense em partida do inicio dos anos 50.
BARBOSA
Considerado o melhor goleiro do Vasco em todos os tempos. Era seguro, elástico, dotado de excelente senso de colocação. Arrojado, jamais temeu mergulhar nos pés dos adversários. Também conseguia agarrar vários pênaltis. Foi sem dúvida o maior goleiro de seu tempo e um dos melhores de toda a história do futebol brasileiro.
A respeito de Barbosa, assim escreveu o cronista Armando Nogueira:
"Certamente, a criatura mais injustiçada na história do futebol brasileiro. Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Ghiggia, na final da Copa de 1950, caiu-lhe como uma maldição. E quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera."
CASTILHO tornou-se uma legenda no Fluminense e sinônimo da alma tricolor. CASTILHO entrou para a história do Fluminense como um goleiro maravilhoso e que realizava verdadeiros milagres. Possuía muita técnica e coragem, o que é fundamental para os goleiros. CASTILHO era chamado de “Leiteria” pelos rivais, por sua incrível sorte. Mas, eles esqueciam-se de que, não era sorte, era a sua extremada técnica que fazia com que os adversários encontrem dificuldades em vazá-lo
Amor ao tricolor
Foi um exemplo de estoicismo. Tendo contundido seu dedo mínimo esquerdo pela quinta vez, o médico disse que deveria passar por dois meses de tratamento, entretanto, ele resolveu amputar o dedo. Duas semanas depois da amputação, ele já havia voltado a jogar pelo Fluminense.
Durante sua carreira, jogou 696 jogos pelo Fluminense, um recorde absoluto neste clube. Lá sofreu 777 gols e jogou 255 partidas sem sofrê-los.