FTT - Futebol de Todos os Tempos

ENTREVISTAS COM EX JOGADORES, TECNICOS, DIRETORES E PESSOAS LIGADAS AO FUTEBOL QUE CONTRIBUIRAM DE ALGUMA FORMA PARA QUE PUDESSEMOS CONHECERMOS UM POUCO MAIS DA HISTORIA DO FUTEBOL BRASILEIRO E MUNDIAL.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Craque da Semana - AIRTON "PAVILHÃO"

Para muitos, um dos maiores jogadores que já vestiu a camisa do Grêmio. Para outros, o maior zagueiro da história do futebol brasileiro. Ficou famoso por um lance que somente ele era capaz de fazer: levava a bola em direção à linha lateral do campo chegando junto à bandeirinha de escanteio puxando com ele os atacantes. De repente, virava o corpo e, colocando uma perna por trás da outra, de letra, recuava a bola para as mãos do goleiro.




AIRTON NA SELEÇÃO BRASILEIRA EM 1962



Para um jogador comum, uma verdadeira insanidade. Para Airton Ferreira da Silva, o "Pavilhão", era "apenas uma jogada comum", como dizia o zagueiro. Airton surgiu para o futebol defendendo as cores do Força e Luz, de Porto Alegre. Na época, um clube de ponta dentro do futebol do Estado. Na metade do ano de 1954, foi cedido ao Grêmio por 50 mil cruzeiros mais o antigo pavilhão social do Estádio da Baixada. Obsoleto para a modernidade de um Estádio Olímpico prestes a ser inaugurado oficialmente, mas grandioso para o acanhado Estádio da Timbaúva, localizado na atual rua Dr. Alcides Cruz, 125. Ali ainda se encontra o saudoso pavilhão. Com a camisa tricolor, Airton foi uma unanimidade.
Um atleta exemplar dentro e fora de campo que lhe rendeu uma série de títulos, convocações para a Seleção Brasileira e diversas homenagens que acontecem até hoje.
No dia 04 de agosto, Airton Ferreira da Silva foi homenageado pelo Grêmio que decidiu celebrar os cinqüenta anos da primeira vez em que o zagueiro vestiu a camisa do Clube. Foi no dia 1º de agosto de 1954 em uma partida válida pelo Campeonato da Cidade que o Grêmio acabou empatando com o Cruzeiro de Porto Alegre no Estádio da Montanha.
 
Nome: Aírton Ferreira da SilvaNascimento: 31 de outubro de 1934, Porto Alegre (RS)Período no clube: 1954 a 1967Posição: ZagueiroData da homenagem: 21/09/1996










Títulos

1956 a 1960 – Pentacampeão da Cidade e do Estado

1962 a 1967 – Hexacampeão do Estado

1962 – Campeão do Troféu Atenas, Campeão do Troféu Salônica1962 – Campeão Sul-Brasileiro Invicto

1964 – Campeão da Cidade

1965 – Campeão da Cidade

Na Seleção Brasileira:1956 – Campeão Pan-Americano1960 –

Vice-Campeão Pan-Americano 1964 – Vice Campeão da Taça das Nações

Segundo também se conta...Era uma vez 1954, ano de inauguração do Olímpico Monumental. O Estádio da Baixada, antiga casa tricolor, localizado onde hoje é o Parque Moinhos de Vento, havia sido desmanchado. As tábuas da arquibancada estavam disponíveis. Na negociação com o Força e Luz, além de um valor em dinheiro, foi entregue aquele lote de madeira. Este fato valeu ao jogador contratado o apelido de Aírton "Pavilhão".




Avesso a aviões, ele não acompanhava a delegação gremista em viagens aéreas curtas. Quando o Grêmio atuava no interior do RS, em Santa Catarina ou no Paraná, enquanto a delegação voava, ele seguia de ônibus ou de carro. Seu pânico por aviões era imenso. Na vitoriosa excursão gremista à Europa (1961), Aírton alegou problemas médicos e pediu dispensa. A Direção não lhe deu ouvidos e ele estava no grupo que brilhou nos gramados do Velho Continente.*****Após marcar Pelé com maestria, Aírton foi jogar no Santos (1960). Sem oportunidade para mostrar seu futebol (o Santos tinha Mauro Ramos), preferiu retornar ao Grêmio, sagrando-se Hexacampeão Gaúcho (1962-1967). Há quem diga que o verdadeiro motivo foi outro: aquele Santos de Pelé viajava demais. E, quase sempre, de avião.*****Durante 13 anos, Aírton "Pavilhão" foi o principal jogador do Grêmio. Foi o melhor zagueiro gaúcho de todos os tempos e um dos melhores do mundo. O "zagueiro que driblava" marcou 120 gols na carreira
Em 1967, com 33 anos, tendo vencido 12 campeonatos gaúchos em 13 disputados (marca nunca igualada), com uma distensão na virilha que limitava seus movimentos, Aírton despediu-se do Grêmio, indo atuar no Esporte Clube Cruzeiro de Porto Alegre.











Revista do Dia - Jornal

DIARIO DA VIDA ESPORTIVA

4 de Maio de 1949
Materia sobre o acidente com o time do Torino onde todos vieram a falecer.
Dizia a manchete: DE LUTO O ESPORTE MUNDIAL.



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Esquadrão Inesquecievl - BOTAFOGO 1968

BICAMPEÃO CARIOCA 1967 / 68

Um dos melhores times que o Botafogo de Futebol e Regatas já teve, nos últimos 60 anos, foi sem dúvida o que conquistou o Campeonato Carioca de 1968.
Embora fossem anos de chumbo, em razão do golpe militar que implantou uma ditadura sanguinária no país, os anos 60 foram talvez os mais gloriosos do Botafogo.
O Glorioso da estrela solitária que rivalizava com o Santos de Pelé, em ceder mais jogadores para a seleção brasileira – campeã em 1958, na Suécia e bi, no Chile, tinha – entre outros – craques (na acepção do termo) como Newton Santos (naquela época era assim escrito!), Garrincha, Didi, Amarildo, Zagalo, Quarentinha, Jairzinho, Carlos Roberto, Manga, Paulo César e tantos outros que fica até difícil enumerá-los.



Na decisão do certame carioca de 1968 num inesquecível jogo, realizado em 9 de junho num Maracanã lotado, com quase 160 mil espectadores, o Botafogo enfiou uma goleada histórica no vasco da gama. O placar foi de 4×0, com direito a show de bola e olé no final.
Os gols foram marcados por Roberto, Jairzinho, Rogério e Gerson e aquele time vencedor jogou com Cão, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gerson; Rogério, Jairzinho, Roberto e Paulo César.
Data: 09/06/1968
Público: 141.689Árbitro: Armando MarquesGols: 1° tempo: Botafogo 2 a 0, Roberto e Rogério; Final: Botafogo 4 a 0, Jairzinho e Gérson

Botafogo: Cao, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cézar. Técnico: Zagallo.
Vasco: Pedro Paulo, Jorge Luiz, Brito, Ananias (Sérgio) e Ferreira; Bougleux e Danilo Menezes; Nado (Alcir), Ney, Walfrido e Silvinho. Técnico: Paulinho de Almeida.




CAMPEÃO DA TAÇA BRASIL 1968




Como os campeonatos estaduais ocupavam o calendário no primeiro semestre, a Taça Brasil era jogada no segundo semestre – isso tudo antes de ser criado o Campeonato Brasileiro que, como se sabe, começou em 1971.
O Botafogo de Futebol e Regatas como campeão carioca já entrou nas quartas de final e teve de enfrentar o perigoso Metropol, da cidade de Criciúma, Santa Catarina que saíra campeão da chave do sul, desbancando inclusive o Grêmio.
A disputa em dois jogos, mata-mata, era, porém, de forma diferente de como ocorre nos dias de hoje. Havia dois jogos, estilo de melhor de quatro pontos (à época, a vitória dava ao vencedor dois pontos), com a necessidade de um terceiro, caso houvesse uma vitória de cada lado. Assim aconteceu no confronto Botafogo x Metropol.
O Botafogo eliminou o Metropol e foi então para as semifinais.

UM ATAQUE ARRASADOR COM ROGERIO, GERSON, ROBERTO, JAIRZINHO E PAULO CESAR


SEMIFINAIS 23 E 27 de Agosto de 1969:
Cruzeiro 0-1 Botafogo em BH e Botafogo 1 - 1 Cruzeiro no RJ - Fortaleza 2-1 Nautico em Fortaleza e 1-2 Náutico no recife - playoff Náutico 0-1 Fortaleza no Recife


FINAIS
Fortaleza 2-2 em Fortaleza e Fortaleza 0-4 Botafogo no RJ
Botafogo de Futebol e Regatas
FINAL NO RIO DE JANEIRO - 04/10/1969 Botafogo 4-0 Fortaleza
Gols: Roberto 7' (1-0) Ferretti 53' (2-0) Afonsinho 65' (3-0) Ferretti 83' (4-0) Arbitro: Guálter Portela Filho
Publico: 34 588 (NCr$ 84.575,00)
Botafogo: Cao, Moreira, Chiquinho Pastor (Leônidas), Moisés, Waltencir - Carlos Roberto (Nei Conceição), Afonsinho - Rogério, Roberto, Ferretti, Paulo Cézar. (Tec: Zagallo)
Fortaleza: Mundinho, William, Zé Paulo, Renato, Luciano Abreu - Joãozinho, Luciano Frota - Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim), Mimi. (Tec: Gilvan Dias)

Craque da Semana - ZÉ DO MONTE





ZÉ DO MONTE - RAÇA E AMOR AO ATLÉTICO




José do Monte Furtado Sobrinho foi o símbolo da garra do Atlético Mineiro. Era um guerreiro apaixonado pelo clube atleticano. Em jogo contra o Cruzeiro, seus supercílios abriram duas vezes. Levaram oito pontos e, como um leão ferido, voltou ao campo para se tornar um herói. Zé do Monte comandou o Atlético na mais gloriosa época da história do clube. Foi assim que começou a carreira de um gênio da raça: Zé do Monte, o incomparável centro médio , não era um artista, não era um goleador ou driblador. Sabia conduzir a bola, mas não foi exatamente por sua classe que se transformou no monstro sagrado da torcida, que lhe dedicava uma adoração igual à do povo de Itabirito. Foi, sim, por sua gana pela vitória, por seu indomável espírito de vencedor.É verdade que os primeiros tempos foram difíceis. Tudo mudou em 1945, quando o treinador Felix Magno chegou ao Atlético Mineiro. Durante um treino, mandou Zé do Monte vestir a camisa dos titulares. Ele tinha dezoito anos e nunca mais saiu do time. Durante dez anos, sem parar, Zé do Monte suou, manchou de sangue, rasgou e enlameou aquela camisa branca e preta, para se tornar o ídolo dos rapazes, e o galã irresistível das mocinhas. Em 1947, a torcida elegeu o Atlético de todos os tempos: Kafunga. Murilo e Ramos. Mexicano. Zé do Monte e Afonso. Lucas. Lauro. Carlyle. Alvinho e Nivio. No ano seguinte, perdeu o titulo para o América. Na decisão, o desespero tomou conta de Zé do Monte. Ele Jogou os minutos finais com as lágrimas rolando pelo rosto. Era o amargor de uma derrota que ele não esperava. Correu, lutou, discutiu, mas tudo foi inútil. Amparado por companheiros e torcedores, saiu de campo chorando. Chegou em casa chorando. Dormiu chorando. Era capitão da equipe e respeitado por todos. Elegeu-se vereador. Mas, como não gostava de política, aceitou um rendoso emprego que lhe foi oferecido pelo governador de Minas, Juscelino Kubitschek. Abandonou o futebol aos 27 anos , com os meniscos do joelho direito arrebentados. Na sua fria determinação de parar, terminava uma carreira inigualável e se iniciava a lenda do maior gênio da raça que futebol mineiro conheceu. Foi campeão mineiro dos anos de 1946/47. 1949/50. 1952/53/54/55. Zé do Monte disputou 443 partidas com a camisa do Atlético Mineiro e marcou 26 gols.






Durante dez anos, Zé do Monte foi um dos principais responsáveis pelas glórias do Galo, tornando-se o grande ídolo dos torcedores alvinegros de sua época. Capitão do time, Zé do Monte foi destituído de seu posto em 1953, numa excursão ao Pará. Proibido de tomar cerveja pelo então técnico Yustrich, que também ameçava agredir o ponta-direita Lucas, Zé do Monte revolveu tomar providências. Ele, Lucas e Afonso procuraram o Presidente do Atlético e conseguiram a demissão do técnico.



No auge de seu futebol, foi assediado por vários clubes, porém declarava a todos: "Meu futebol é só para o Atlético." Dono de um futebol ritmado, mostrava-se preciso nos lançamentos e criativo no meio-campo, usando a cabeça e os pés com igual eficiência. Participou da vitoriosa excursão à Europa em 1950.


TIME DO ATLETICO QUE EXCURSIONOU A EUROPA COM ZÉ DO MONTE SENDO O PRIMEIRO A PARTIR DA ESQUERDA
Após sua chegada da Excursão à Europa e famoso por toda a Belo Horizonte, Zé do Monte elegeu-se vereador na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Mas sua carreira durou pouco tempo. Não gostava de política e deu-se por satisfeito quando, o então Governador do Estado, Juscelino Kubitscheck, o contemplou com um grande cargo público. Contundiu o joelho durante uma pescaria, sua atividade favorita fora dos campos. Com os meniscos do joelho direito arrebentados, preferiu não operar e encerrou cedo sua carreira como jogador, aos 28 anos de idade, tornando-se arquiteto. Dizia-se que Zé do Monte admitia qualquer coisa - jogar sangrando, correr do começo ao fim de uma partida - exceto ser anestesiado. Há boatos que em 1957, o ex-jogador chegou a ser internado, preparando-se para a cirurgia. Mas resolveu ir embora do local. Neste momento, em sua fria determinação de parar, terminava uma carreira inigualável e se iniciava a lenda de um dos maiores gênios de raça que o Brasil conheceu. Faleceu na cidade de São Paulo em 27 de junho de 1990, de ataque cardíaco.

































Ficha Técnica
Nome: José do Monte Furtado Sobrinho

Posição: Meio-Campo Data de Nascimento: 03 de Agosto de 1927

Naturalidade: Abaeté-Mg
Data de Falecimento: 27 de Junho de 1990



TITULOS:
Campeonato mineiro 1946 - 47 - 49 - 50 - 52 - 53 - 54 - 55

Revista do Dia - PLACAR

A revista desta vez é a PLACAR de Outubro de 1971 tendo na capa o lance da serissima contusão de Evaldo atacante do Cruzeiro no choque com o goleiro Cejas do Santos.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Esquadrão Inesquecível - FLUMINENSE 1975







Eleito presidente do Fluminense em 1975, o Advogado e Juiz de Direito Francisco Horta causou uma verdadeira revolução no futebol carioca ao montar o maior time da história do clube e que ficou eternizado para sempre como "A Máquina Tricolor".O primeiro grande feito de sua administração foi trazer do Corinthians, numa transação milionária para a época,um dos maiores jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos, o meia Roberto Rivelino que estava desgastado com a torcida corinthiana pela perda do campeonato paulista de 1974 para o Palmeiras. O grande craque, que se tornaria um dos maiores ídolos da torcida tricolor, conquistou os torcedores logo na estréia, justamente contra seu ex-clube, no sábado de carnaval daquele ano, ao marcar três gols na goleada do Fluminense por 4 x 1. Horta montou um grande time, onde, além de Rivelino, brilhavam Toninho Baiano, Carlos Alberto Pintinho, Marco Antônio, Paulo César Caju, Gil, Mário Sergio e a revelação, Edinho. Com uma campanha brilhante, o Fluminense se sagrou campeão carioca, além de fazer um grande campeonato brasileiro, perdendo na semifinal para o Internacional que acabou conquistando o título







No Campeonato Carioca de 1975, o Fluminense classificou-se para as finais ao ganhar a Taça Guanabara contra o América com um gol de falta de Rivellino aos 13 minutos do 2º tempo da prorrogação, perante 96.035 pagantes. Os adversários do tricolor na final foram o Botafogo, campeão do segundo turno e o Vasco, campeão do terceiro. No primeiro jogo das finais, o Fluminense venceu o Vasco por 4 a 1 perante 79.764 pagantes, no segundo, o Vasco venceu o Botafogo por 2 a 0 e, no terceiro, com 100.703 pagantes, o Fluminense administrou o resultado, perdendo por 1 a 0, e sagrando-se campeão carioca. A campanha tricolor teve 31 jogos, com 19 vitórias, 6 empates e 6 derrotas, 53 gols a favor e 22 contra. Os artilheiros tricolores neste campeonato foram Manfrini, com 16 gols e Gil e Rivellino, com 11 cada um
Após a conquista da Taça Guanabara, para comemorar a contratação de Paulo César Lima que antes era o grande astro do Olimpique de Marselha, o Fluminense realizou um amistoso contra o forte time do Bayern München, base da Seleção Alemã de Futebol campeã mundial de 1974, que contava em seu elenco com jogadores como Sepp Maier, Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Georg Schwarzenbeck, Kapelmann e a estrela nascente Karl Heinz Rumenigge. O amistoso foi em 10 de Junho, à noite, com 60.137 tricolores pagando ingressos e a administração do estádio tendo que mandar abrir os portões com o jogo já começado, pois não esperava o fluxo de
público que compareceu ao Maracanã, liberando a entrada para milhares de pessoas que não pagaram ingressos. O Fluminense ganhou o jogo por 1 a 0, gol de Gerd Muller contra, resultado que não espelhou a enorme disparidade técnica do Fluminense sobre o seu oponente neste dia.
 
Time da semifinal do brasileiro em 75:
Félix, Toninho, Silveira, Edinho e Marco Antônio; Zé Mário (Carlos Alberto Torres), Paulo César Caju e Rivelino; Gil, Manfrini e Zé Roberto (Cléber). Técnico: Didi.
Time campeão carioca em 17 /08 / 1975
Félix, Toninho, Silveira, Assis e Marco Antônio; Zé Mário, Carlos Alberto "Pintinho" (Cléber) e Rivellino; Cafuringa, Manfrini e Paulo Cézar. Técnico: Carlos Alberto Parreira
.






O Carioca de 1975
O campeonato de 1975, contou com a participação de 12 equipes, que jogaram entre si nos 2 primeiros turnos.Para o 3º, classificavam-se as oito equipes com melhor pontuação nos dois primeiros turnos.
O Bonsucesso, Campo Grande, Olaria e São Cristóvão não se classificaram para o último turno.
Francisco Horta, Juiz de Direito, revolucionou o futebol carioca, ao assumir a presidência do Fluminense Football Club. Por seu desempenho a frente do tricolor, foi homenageado na Assembléia Legislativa do Estado e no ano de 1976, recebeu o prêmio "bola de ouro" de melhor dirigente de 1975.
Sua primeira atitude foi contratar o craque Rivellino, junto ao Corinthians.
O jogo de sua apresentação a torcida ocorreu num sábado de Carnaval, com o Maracanã cheio e o Fluminense venceu o antigo clube do jogador, pelo placar de 4 x 1, tendo Rivellino marcado 3 gols. Estava com 28 anos de idade e era considerado um dos maiores jogadores do mundo. Veio para o tricolor não para jogar no meio campo como fazia em São Paulo e sim como ponta de lança, mais próximo do gol adversário.
Ao começar o torneio, nosso velho e conhecido Samarone, defendia as cores do Bonsucesso e o diretor do clube prometia o título. O São Cristóvão, com Fio Maravilha, ex-Flamengo, surpreendeu o rubro-negro, vencendo o clube da Gávea por 3 x 2 de virada, no dia 29 de março, em pleno Maracanã.
O maior estádio do mundo completava 25 anos de sua inauguração.
O tricolor venceu o primeiro turno, Botafogo e Vasco, o segundo e o terceiro, respectivamente.
O Flamengo armara na teoria um grande ataque com Doval, Luisinho e Zico, mas que na prática não deu resultado.
O Fluminense de Horta, que além de Rivellino comprado por Cr$ 3 milhões, trouxe ainda os reforços de Zé Mário, Mário Sérgio e Paulo César Lima, que estava no Olimpique de Marselha, após a conquista do 1º turno - Taça Guanabara -, começou a ser chamado de "máquina".
O jogador Paulo César fez sua estréia num jogo amistoso, no dia 10 de junho de 1975, no Maracanã. Enfrentamos a poderosa equipe do Bayern-Munich, bicampeã européia e com 5 jogadores campeões mundiais, no chamado "jogo do ano", sendo o placar final Flu 1 x 0.
As frases : Vencer ou Vencer" e "Compre que a torcida garante" surgiam nas arquibancadas dos estádios.
O triangular final foi disputado pelos times do Botafogo, Fluminense e Vasco da Gama, vencedores de turnos. O tricolor e o alvinegro somaram o maior número de pontos, mas o Fluminense foi o campeão, pois nas partidas finais, tinha melhor saldo de gols que a equipe de General Severiano.
Nas finais vencemos o Vasco por 4 x 1 e perdemos para o Botafogo por 1 x 0.




Com a derrota do alvinegro para o Vasco por 2 x 0, ficamos com melhor saldo.
A derrota no último jogo não tirou o brilho de nossa conquista, pois já comemorávamos o título

Revista do dia 4 - Manchete

Revista MANCHETE de 20 de Junho de 1970 . Na capa Tostão e Pelé batem bola.

Craque da semana - LUIZINHO

LUIZINHO PEQUENO POLEGAR






Ao chegar ao Corinthians em 1949, Luiz Trochillo, ou simplesmente Luizinho – pelos seus 1,64 m, que o transformaram no Pequeno Polegar – não imaginava que se tornaria, talvez, o maior ídolo de todos os tempos do time alvinegro. Foram 606 jogos e 172 gols em 15 anos (em duas passagens).
O motivo para ser amado: gostava de dar espetáculo. Desde que começou no Parque São Jorge, vindo da várzea paulistana, chamava a atenção dos torcedores. Era o clássico meia-direita. Era atração nas partidas dos aspirantes, que fazia muitos torcedores chegarem mais cedo ao Estádio do Pacaembu para vê-lo jogando.
Assim foi até 1960, titular absoluto. Foi para o Juventus, emprestado, voltou em 1964 e encerrou a carreira três anos depois. Sua maior glória é ter feito o gol do 1 a 1 com o Palmeiras na partida final do Campeonato Paulista de 1954, que garantiu ao Corinthians o título do IV Centenário. Foi homenageado em vida com um busto no clube, que está lá até hoje.
Era conhecido como carrasco do clássico contra o Palmeiras, marcando 21 gols nos clássicos contra eles.




Um jogador que levou a torcida dos adversários à loucura e a do Corinthians ao delírio. Tecnicamente era um atacante endiabrado, que driblava com incrível facilidade, ia ao fundo do campo com velocidade e ainda fazia gols de cabeça, subindo mais do que altos zagueiros, embora fosse baixinho e frágil fisicamente. Era ao mesmo tempo irreverente e abusado. Chegou mesmo a driblar adversários e depois sentar na bola, para provocar a torcida. Se o rótulo já fosse utilizado naquela época, certamente teria entrado na história como o primeiro "bad boy" da história do futebol brasileiro. A torcida corinthiana deu-lhe o apelido de "O Pequeno Polegar" e simplesmente o adorava. Seguramente é o maior ídolo da história do clube, acima de qualquer outro, pelo menos na opinião da esmagadora maioria dos torcedores com mais de 55 anos.Luizinho era um verdadeiro semideus. Fez 589 jogos com a camisa do Corinthians e assinalou 172 gols. Esteve de 1961 a 1964 no Juventus e depois retornou ao Corinthians para encerrar sua carreira. Embora estivesse em grande forma, não foi convocado por Zezé Moreira para disputar o Mundial de 1954, o que provocou muitos protestos de toda a torcida. Jogou na seleção de 1955 a 1957, fazendo 11 partidas, das quais perdeu apenas uma, contra a Argentina, em 1957, exatamente aquela em que Pelé estreou, sob o comando do técnico Silvio Pirilo. Pela seleção brasileira Luizinho fez apenas um gol, o da vitória de 1x0 sobre a Argentina em 1956.
"Se vendê-lo, a torcida me mata e incendeia o Parque São Jorge". Com essa declaração, o então presidente do Corinthians, Alfredo Ignácio Trindade, explicou a decisão de não ceder um certo ponta-esquerda do elenco ao Atlético de Madrid por 1 milhão de dólares em meados dos anos 50. Mais do que isso, o dirigente demonstrou com todas as letras que nenhum valor, astronômico para a época, tiraria o prazer da torcida do Timão em se divertir com os espetáculos do pequeno Luizinho.


O fato é que Luiz Trochillo, o "Pequeno Polegar" do Corinthians, teve o seu valor reconhecido ainda em vida, quando ganhou um busto no Parque São Jorge. A homenagem, semelhante apenas à conferida ao centroavante Neco, poderia ter vários motivos: os 589 jogos com a camisa do Alvinegro, recorde só superado nos anos 90 pelo goleiro Ronaldo; ter feito o gol que deu o título do Campeonato do 4º Centenário ao Corinthians, contra o Palmeiras e ter encantado toda a legião corintiana com seus dribles e lances magistrais, fazendo de sua baixa estatura o seu maior trunfo contra os oponentes do Timão.





FICHA TÉCNICA (Corinthians)Nome: Luiz TrochilloNascimento / local: 07/03/1930 - São Paulo - SPFalecimento:17/01/1998Período em que jogou no Corinthians: 17 anos (de 1948 à 1960 e de 1964 à 1967)Jogos: 605Gols: 172Média: 0,28 gol/jogoTítulos: 3 Campeonato Paulista (1951, 52 e 54) e 3 Torneios Rio-São Paulo (1950, 53 e 54)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Revista do Dia 3 - ESPORTE ILUSTRADO 1942


ESPORTE ILUSTRADO de 25 de Junho de 1942 com o craque do Flamengo Zizinho na capa.

Jogador da semana - JULINHO BOTELHO

O INICIO DA FAMA NA PORTUGUESA DE DESPORTOS





Mal aproveitado pelo Corinthians quando tinha 19 anos (queriam que ele fosse jogar na ponta esquerda, em vez da direita), Julinho foi logo contratado pelo Juventus, em 1950. Ficou lá apenas seis meses, quando foi para a Portuguesa. Era uma equipe fantástica, onde jogava ao lado de Djalma Santos, Brandãozinho e Pinga, todos atletas de seleção brasileira. Com eles, ganhou o Rio-São Paulo de 1954. Neste ano, o jogador foi com a seleção brasileira disputar a Copa do Mundo da Suíça e, mesmo perdendo nas oitavas-de-final para a Hungria, foi eleito o melhor ponta-direito da competição


NA FIORENTINA CONSAGROU-SE COMO UM DOS MAIORES



Em 1956 foi para a Fiorentina, onde é reverenciado até os dias de hoje. A equipe nunca havia ganho um título nacional, e com ele venceu a temporada de 55/56, sendo ainda vice dois anos seguintes. Julinho quis voltar para o Brasil, só que a Fiorentina ainda o amava. Ela fez uma proposta irrecusável e ele ficou. Ficou por mais um ano, só pensando em voltar. Por este período ganhou o apelido de "Senhor Tristeza".


O caso de amor com a Fiorentina - O clube que o atleta lembrava com mais felicidade, porém, era a Fiorentina. Lá era tratado com tanto carinho pela torcida que, quando morreu, muitas bandeiras da equipe foram enviadas à família, e muitos torcedores do time que viviam em São Paulo compareceram ao enterro.
Certa vez, quando andava de trem na Itália, precisou passar a viagem inteira escondido no banheiro para evitar o assédio dos fãs. E o apreço dos italianos por Julinho não parava por aí. Em 2003, quando o já ex-jogador estava internado na UTI em São Paulo, os dirigentes italianos
ligavam com freqüência para a família, para saber a respeito de seu estado de saúde


NO PALMEIRAS AS GLÓRIAS





Agora vamos de Palmeiras, o maior imortal da camisa 7 de tantas glórias,tantas histórias, shows, dribles, gols e títulos.
Chegou em 1959 pra fazer da Primeira Academia, e chegou mostrando a que veio, ser campeão, ser ídolo. Conquistou o Supercampeonato Paulista contra o Santos de Pelé, numa das mais eletrizantes finais da história do estadual. Foi fundamental logo no seu primeiro título. Fez parte do elenco que disputou o jogo histórico em que o Palmeiras vestiu a camisa da Seleçao e goleou a seleção uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão. Dias antes desse jogo, Julinho sentiu uma contusão e pediu pra nao jogar, Filpo Nuñez preparou Germano. Chegando ao Mineirão, no vestiário, Julinho puxou Don Filpo Nuñez e disse que queria jogar, nem que fosse com uma perna só. Mesmo "com uma perna só" fez a jogada que resultou no penalti do primeiro gol palmeirense. Saiu no intervalo, já tinha cumprido seu papel.
Julinho estreou no Palmeiras, seu time de coração, num amistoso contra o São Paulo, em 26 de junho de 1958, vitória palmeirense por 4 x 3. Se despediu em 12 de fevereiro de 1967, em outro amistoso, dessa vez contra o Náutico, vitória por 1 x 0.
Atuou no time que amava em 269 partidas, venceu 163, empatou 53 e perdeu 53. Fez 81 gols.
Nos nove anos que defendeu nosso Palmeiras ganhou:
2 Campeonato Paulista em 1959 e 1963
1 Taça Brasil de 1960
1 Torneio Rio-São Paulo de 1965
-
Julinho era alto, forte e ao mesmo tempo rápido, dono de uma habilidade incrivel, nao tinha o biotipo comum ao de pontas, normalmente baixos, magros e de pernas curtas. Um dos maiores pontas do Mundo, o maior da nossa história, o primeiro a quem a número 7 caiu como uma luva quebrou todos os esteriótipos de um época que o baixinho, troncudo das pernas tortas era idolatrado. Nao chegou a ser um Garrincha mas ofuscou um pouco o brilho do Mané. E fez mais que isso, virou, é ídolo da Sociedade Esportiva Palmeiras, uma honra para ele, maior ainda pra nós que temos o privilégio de tê-lo na nossa história.
Na sua despedida contra o Náutico, saiu aos 32 minutos do primeiro e deu lugar ao peruano Gallardo. Na primeira bola que o peruano errou o estádio inteiro puxou em coro: "Volta Julinho!"


JULINHO NA SELEÇÃO BRASILEIRA E A VAIA NO MARACANÃ




Imagine o seguinte episódio:
estamos em 1959 e a seleção brasileira fará seu primeiro jogo no país após o campeonato de 58 na Suécia. O Maracanã, com 130 mil pessoas, é o palco deste jogo, a ser disputado contra a Inglaterra.
-
Vicente Feola resolve colocar na reserva 3 jogadores que foram titulares durante a Copa. Um deles é simplesmente Mané Garrincha, o homem que tinha encantado o mundo com seus dribles e seu jeito muleque de lidar com os "Joões" da vida. O substituto? Julinho Botelho, esse rapaz aí da foto ao lado.
Em uníssono, o Maracanã vaiou Julinho. A vaia durou apenas dois minutos. Foi o tempo que ele levou pra marcar um gol pelo Brasil e, mais do que isso, transformar as 130 mil vaias em 130 mil aplausos. Um fato incrível presenciado no templo do futebol nacional.
Essa história acima ocorreu de verdade, em 13 de maio de 1959. E ficou para a história do Maracanã.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

JOGADOR DA SEMANA - DIDI

SELEÇÃO BRASILEIRA

Didi tinha um talento fenomenal. Fazia lançamentos de 30, 40 metros como se fosse um perito em balística. Quando a bola parava no pé direito de Didi, Garrincha nem olhava para trás. Partia numa velocidade alucinante e via a bola cair bem na sua frente, pronta para ser dominada. Aí, era só partir para cima do adversário, gingar o corpo uma ou duas vezes e ver seu caminho limpo para o gol ou para o centro.
O grande jogador nos grandes jogos se impõe. Na final da Copa de 58 Didi além de ir buscar a bola no fundo do gol de Gilmar, quando a Suécia fez um a zero e com ela embaixo do braço, caminhar calmamente até o meio de campo para dar tempo ao time de se recompor, no reinicio da partida ainda meteu a bola entre as pernas de Gunnar Green considerado o cérebro do time sueco




BOTAFOGO

Fez parte da geração de ouro do futebol brasileiro, que conquistou o bicampeonato mundial nos anos de 1958 e 1962. Do dramaturgo Nelson Rodrigues, recebeu o apelido de Príncipe Etíope pelo fato de ser negro, pela elegância dentro de campo e por uma alusão à majestade de Pelé.
Começou a jogar futebol muito cedo, no infantil do Aliança, time de Campos, do Rio de Janeiro, sua cidade natal.
Na juventude, quase teve de amputar uma perna. Quando se recuperou, passou pelo São Cristóvão, Rio Branco, Goitacaz e Lençoense, antes de chegar ao Madureira, junto com o irmão Dodô. Seis meses depois, Didi já estava no Fluminense, onde conquistou o Campeonato Carioca de 1951. Em 16 de junho de 1950, pela Seleção Carioca de Novos, marcou o gol de estréia do Maracanã. Mas sua equipe foi derrotada por 3 a 1 para a Seleção Paulista da mesma categoria.
Transferiu-se para o Botafogo, em 1956. Ao lado de Amarildo, Zagallo, Garrincha e Nilton Santos, viveu sua melhor fase no futebol, conquistando os Campeonatos Carioca de 1957, 1961 e 1962. Sua estréia pela seleção brasileira aconteceu no Pan-Americano de 1952, quando o Brasil

ganhou seu primeiro título fora de casa.
.

Acima com a esposa Guiomar, uma ex atriz

A sua maestria na arte de jogar futebol lhe rendeu vários títulos e homenagens, exaltando sua classe e sua elegância. Didi é uma das poucas unanimidades no que se refere a jogadores de habilidade e liderança no futebol brasileiro.
Ficou famoso como o inventor da "folha seca", um estilo de cobrar falta que dava à bola um efeito inesperado, semelhante ao de uma folha caindo. Em uma cobrança de falta nesse estilo, classificou o Brasil para a Copa de 58, com a vitória por 1 a 0 sobre o Peru, nas eliminatórias de 1957. Na Suécia, foi eleito o melhor jogador do Mundial. Foi, também, o autor do primeiro gol no Maracanã, na partida inaugural do estádio, em 1950, entre as seleções carioca e paulista (com vitória de São Paulo, por 2 a 1).
Pelo Botafogo, Didi disputou 313 partidas, marcando 114 gols e conquistando três Campeonatos Cariocas (1957, 61 e 62) e um Torneio Rio-São Paulo (1962). Pela Seleção Brasileira, conquistou duas Copas do Mundo (1958 e 1962), tendo participado também da Seleção que foi à Copa de 54, na Suíça.




Didi foi um meia armador clássico, inteligente e absolutamente ‘frio’ a jogar. A sua fama iniciou-se em 1950 quando rubricou o primeiro gol do Maracanã, na derrota dos cariocas para os paulistas por 2x1.A sua mestria na arte de jogar futebol foi exaltada pela sua classe e elegância, tornando-se unânime a avaliação sobre a sua habilidade e liderança em campo. A sua fama cresceu ainda mais quando inventou a ‘folha seca’, um estilo de cobrança de falta que dava à bola um efeito inesperado, semelhante ao de uma folha caindo. Numa cobrança de falta nesse estilo, a bola pairou no ar, mudou de caminho e entrou na baliza adversária – o Brasil acabara de se classificar para a Copa do Mundo de 1958 com uma vitória por 1x0 sobre o Peru, nas eliminatórias de 1957.Voltou da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, consagrado como o melhor jogador pela crítica internacional e como um craque de grande personalidade em campo.O ‘Príncipe Etíope’, como passou a ser conhecido, fora a maior transacção da época, tendo sido comprado pelo Botafogo, em 1956, por 1,85 milhões de cruzeiros. Depois da Copa de 1958 foi para o Real Madrid, mas Di Stefano e companhia boicotaram-no, tendo regressado ao Botafogo em 1961, ainda a tempo de conquistar novos títulos pelo clube em que se imortalizou. Didi, Heleno de Freitas, Mané Garrincha e Nilton Santos constituem o quarteto dos deuses do futebol botafoguense. Muitos outros foram grandes craques, mas o quarteto está mais acima – no Olimpo de General Severiano.


DIDI NO FLUMINENSE

Se destacou tanto que no ano seguinte foi contratado pelo Fluminense, onde sob o comando de Zezé Moreira fez parte de um time que entrou para a história do clube ao lado de Telê Santana que se multiplicava jogando tanto de ponta-direita – onde ganhou o apelido de Fio de Esperança de Nélson Rodrigues – e centro-avante; o goleiro Castilho, que defendeu o Brasil em 4 Copas do Mundo: 50-54-58-62; Pinheiro, um central que jogou a Copa de 54, na Suíça e como Telê e Castilho, passou a técnico no fim de carreira; Carlyle que nasceu com apenas uma orelha, era um centro-avante mineiro que jogou no Atlético e fazia muitos gols; Orlando “Pingo de Ouro”, pingo por ser pequeno, mas de ouro por jogar um futebol maravilhoso e dono de um temperamento terrível; e Rodrigues “Tatu” que logo depois de ser campeão carioca em 51, foi jogar no Palmeiras.



No Fluminense, Didi jogou entre 1949 e 1956, tendo realizado 298 partidas e feito 91 gols, sendo um dos grandes responsáveis pela conquista do Campeonato Carioca de 1951 e da Copa Rio 1952 e feito o primeiro gol da história do Maracanã pela Seleção Carioca em 1950. Didi deixou o Fluminense devido a ser vítima de preconceito, era sempre obrigado a entrar pela porta dos fundos das Laranjeiras




REAL MADRID





PRINCIPAIS TÍTULOS: Como jogador: Campeão Carioca: 1951 (Fluminense), 1957, 1961 e 1962 (Botafogo); Torneio Rio-São Paulo: 1962 (Botafogo); Campeão do Mundo: 1958 e 1962 (seleção brasileira). Partidas pela seleção: 74 (68 oficiais), marcando 21 gols. Copas do Mundo: 1954, 1958 e 1962 (bicampeão).

REVISTA DO DIA 2


REVISTA DO ESPORTE de 1969 tendo na capa Jorginho, Samarone e Gilson Nunes do Fluminense.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

JOGADOR DA SEMANA - TESOURINHA






















Acima na foto a esqueda, Tesourinha (agachado), Ávila e Adãozinho no inesquecivel "Rolo Compressor " dos anos 40. Na foto a direita Tesourinha coloca a faixa de campeão em Valdomiro, dois dos maiores pontas direitas na historia do Internacional.

Tesourinha, que teve o apelido tirado de um bloco carnavalesco no qual participava chamado Os Tesouras.

Tesourinha driblava seus adversário em alta velocidade, cortando os zagueiros para um lado e para o outro. Viveu seus melhores momentos no Internacional como ídolo e campeão.

O time era bom e Tesourinha se encaixava como uma luva.
Devido à concorrência com o consagrado Carlitos, Tesourinha foi deslocado para a ponta-direita, onde teve exitosa carreira. Consagrou-se no chamado Rolo Compressor, como foi denominada a equipe do Internacional da década de 1940 hexacampeã gaúcha e tida como "imbatível".
Em 1944, foi convocado pelo treinador Flávio Costa para a Seleção Brasileira, onde Tesourinha estreou em um amistoso contra a Seleção do Uruguai, no dia 14 de maio, marcando um dos gols da vitória brasileira por 6 a 1.

Em 1945 chegou a ser considerado o melhor ponta direita da America do Sul. Foi campeão gaucho pelo Internacional dos anos de 1940/41/42/43/44/45. 1947/48.

O ano de 1949 marcou o auge da carreira de Tesourinha. Pela Seleção Brasileira, foi campeão sul-americano, marcando dois gols na final, contra o Paraguai. Também foi escolhido o “Melhoral dos Cracks”, em uma promoção promovida pelo comprimido Melhoral, em todo o país. Tesourinha recebeu mais votos que os jogadores do eixo RJ-SP. No Rio Grande do Sul, porém, as coisas não foram boas. A perda do título para o Grêmio e uma lesão no joelho, que o perseguia, levaram a direção colorada a negociá-lo com o Vasco da Gama, no final de 1949, por 300 mil cruzeiros (uma fortuna, na época) e o passe do atacante Solís.





Tesourinha marcou 7 gols neste campeonato.


Jogou pelo Brasil 23 vezes e marcou 10 gols.


Ainda em 1949, Tesourinha transferiu-se do Internacional para o Vasco por uma quantia considerada uma fortuna na época.


TESOURINHA VAI PARA O VASCO DA GAMA

.



















Acima Tesourinha é o primeiro a esquerda no ataque do Vasco em 1951. Jornal anuncia a chegada do idolo a São januario.

Estreou no dia 4 de janeiro de 1950, em partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo, na qual o Vasco venceu a Portuguesa de Desportos por 5 a 2 e Tesourinha marcou um gol cobrando falta. No clube carioca, fez parte do lendário Expresso da Vitória. Atuou no Vasco até o ano de 1952. Tinha participação certa na Copa do Mundo de 1950, mas sofreu uma grave lesão nos meniscos que o deixou de fora da competição.


No Rio, Tesourinha fez história no Vasco, e era titular absoluto da seleção que disputaria a Copa do Mundo de 1950, mas uma lesão no joelho o tirou do Mundial. No Rio, destacou-se também na Seleção Carioca, pela qual foi campeão brasileiro. No final de 1951, aos 30 anos, Tesourinha já era considerado um jogador veterano, principalmente devido ao problema crônico no joelho. Dispensado pelo Vasco, voltou a Porto Alegre e tentou jogar no Internacional, mas a direção preferiu não contratá-lo. Assim, surgiu a proposta do Grêmio.




AGORA TESOURINHA VAI JOGAR NO RIVAL, O GRÊMIO



Em 1952, Tesourinha foi contratado pelo Grêmio, quebrando um tabu histórico de ter sido o primeiro atleta negro da história a jogar no clube. Fez a sua estréia no Grêmio no amistoso do dia 16 de março daquele ano, em uma vitória por 5 a 3 sobre o Juventude, em Caxias do Sul. Tesourinha marcou dois gols na partida.

Saturnino Vanzelotti pretendia contratar Tesourinha, para romper com a tradição racista do Grêmio. Tesourinha era um jogador consagrado, mas mesmo assim, sócios e dirigentes gremistas foram à imprensa, publicar uma nota contrária à contração de um jogador negro. Tesourinha não ganhou títulos pelo Grêmio, mas sua maior vitória no clube foi ferir de morte o preconceito tricolor.

No dia da sua estreia no Grêmio, o vice presidente, Luis Assunção declarava para a imprensa: “Tesourinha acabou como arianismo no Grêmio. É um abolicionista que o Vasco nos mandou”. Ficou vestindo a camisa tricolor até 1955.

No final de 1954, Tesourinha foi dispensado pelo Grêmio e transferiu-se para o pequeno Nacional, onde jogou até setembro de 1957

REVISTA DO DIA



O blog FUTEBOL DE TODOS OS TEMPOS criou a seção de Revistas, propagandas, livros e jornais sobre o futebol. Grandes times, craques, homenagens a titulos conquistados, copas e taças levantadas nas capas historicas.

Hoje como teremos a primeira revista desta seção , pensamos em começar homenageando os amigos. Portanto nada mais justo que dar o pontápé inicial com a primeira edição da Gazeta Esportiva de 1957.


Na capa o goleiro são paulino Bonelli .