A série Esquadrão Inesquecivel desta semana relembra a obra-prima de Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras de 1996, equipe que exerceu um domínio avassalador no Campeonato Paulista daquele ano, e que só não fez uma história maior porque foi desmontada de uma forma lastimável, processo que começou com a ida de Muller para o São Paulo na fase final da Copa do Brasil. Sem ele, o alviverde caiu diante do Cruzeiro e ficou fora da Copa Libertadores.
O time começava com Velloso, que vivia uma ótima fase, e contava com dois ótimos laterais – Cafu e Júnior, injustiçado na seleção. A zaga tinha o seguro Cléber, que fez muitos gols naquele ano, e Sandro Blum. No meio, os operários Amaral, Flávio Conceição e, algumas vezes, Galeano, davam suporte para o melhor quarteto ofensivo do futebol brasileiro em muito tempo. Luizão nunca foi um gênio, mas aproveitou bem as chances criadas pelos geniais Djalminha, Muller e Rivaldo.
Era esse o time base do ataque dos 100 gols, que marcou 102 vezes em 30 jogos, uma assombrosa média de 3,4 gols por partida. Luizão foi o artilheiro do time com 22 gols (Giovanni, pelo Santos, fez 23 e foi o artilheiro do campeonato), seguido por Rivaldo (18), Muller e Djalminha (15 cada um) e pelo zagueirão Cléber (7).
Em pé: Velloso, Júnior, Sandro, Rivaldo, Cafú, Flávio Conceição e Cléber
Agachados: Luizão, Amaral, Muller e Elivelton
Foi a melhor campanha na história do Paulistão em todos os tempos, superando até os temidos Santos de Pelé e a Academia de Ademir da Guia. Com uma campanha de 30 jogos, 27 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota( contra o Guarani em Campinas), 19 gols sofridos e espantosos 102 gols marcados, o Palmeiras arrebentou naquele ano, triturando tudo e todos que tiveram o azar de ficar frente a frente com esta verdadeira máquina mortífera, montada por Luxemburgo e pela parceria Palmeiras-Parmalat.
Era um time rápido, que aterrorizava a todos, com uma artilharia mortal formada por Rivaldo, Djalminha, Muller, e Luisão, um meio campo pegador, com Amaral e Galeano, alas de altíssima qualidade como Cafu e Junior, uma defesa segura com Cleber e Sandro, além de Velloso, segurando tudo lá atrás. O time começou o campeonato metendo 6×1 na Ferroviária e 7×1 no Novorizontino na seqüência, acostumando muito mal a torcida verde, que quando o time ganhava “apenas” de 3×0 ou menos, vaiava os jogadores como se fosse uma derrota. O Paulistão de 96 foi de pontos corridos, e o titulo veio matematicamente em 2 de junho de 96, no Palestra Itália abarrotado por mais de 27 mil torcedores que foram ver outro show daquele timaço.
O jogo foi contra o Santos, e o Palmeiras venceu por 2×0 , com gols de Luisão e Cleber. Naquele ano venceram ainda o São Paulo por 2×0 e 3×2, o Corinthians por 3×1 e empate de 2×2, e o Santos por 6×0 e 2×0, e um inacreditável 8×0 no Botafogo de Ribeirão Preto
Ataque dos 100 gols
Rivaldo e Luizão comemorando um gol. Esta foi cena rotineira para este time de 96.
Na verdade não foram 100, mais sim 102 gols na campanha do Campeonato Paulista de 1996, dando uma média de incríveis 3,4 gols por partida. Essa foi a melhor campanha do futebol brasileiro desde que foi implantado o profissionalismo, em 1933.
O Palmeiras possuía uma das melhores equipes já formadas no futebol brasileiro em toda história, a equipe base dessa conquista tinha a seguinte formação: Velloso; Cafu, Sandro, Cléber e Júnior; Galeano, Amaral, Rivaldo e Djalminha; Müller e Luizão
O craque Djalminha, maestro da máquina verde de 1996.
Para se ter idéia do poder dessa equipe, vale lembrar que a maior parte desses jogadores tiveram importantes passagem pela Seleção brasileira, o lateral-direito Cafú, por exemplo, foi o capitão do pentacampeonato brasileiro na Copa de 2002, tendo ainda participado das duas Copas do Mundo anteriores (1994 e 1998). O lateral-esquerdo Júnior e o centro-avante Luizão foram reservas respectivamente de Roberto Carlos e Ronaldo na Copa do Mundo de 2002. Rivaldo que chegou a ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo em 1999 pela FIFA, foi destaque da Seleção vice-campeã do mundo em 1998 e da campeã de 2002. Djalminha, o jogador mais técnico do time do Palmeiras de 1996, só não participou de nenhuma Copa do Mundo devido seu temperamento polêmico, fato que para maioria dos que admiram um futebol bonito foi uma das maiores injustiças cometidas para com um jogador de futebol.
Indiscutivelmente um timaço...com seus incontestáveis craques que fizeram do Palmeiras de 96 essa 'máquina verde'... portanto, um grupo tecnicamente superior deixar escapar o título da Copa do Brasil ao perder em casa para o Cruzeiro, realmente não dá para entender.
ResponderExcluirCoisas do futebol!!! (:
O Palmeiras 1996, pelo Paulistão, fez 102 gols em 30 jogos; já o Santos 2010, no mesmo campeonato, fez 72 gols em 23 jogos. Sendo que o Santos faturou dois títulos (Paulista e Copa do Brasil),com base nestes dados seria absurdo compará-los apesar de épocas diferentes?!
Carinhoso abraço.
O Müller já não jogava mais pelo Palmeiras a partir dessa grande final da copa do Brasil, portanto, o Palmeiras já não tinha mais o assistente do Rivaldo , Luizão , Djalma,..etc. Sobre o Santos de 2010, a defesa é simplesmente uma piada de muito mal gosto, enquanto que a defesa do Palmeiras de 96 é exemplo de disciplina, tomou apenas 19 gols em 30 jogos. Espero que o Brasil aprenda a jogar futebol com os exemplos de SPFC da era Telê, do Brasil de 82, E do GRANDE Palmeiras de 96.
ResponderExcluirNa minha opinião, esse Palmeiras de 96 foi, entre clubes, o melhor time de todos os tempos, não estava na Libertadores nesse ano, para sorte dos "hermanos", seria um grande pesadelo para todos, mas se estivesse participando ganharia com tranqüilidade a taça Libertadores, nada mais justo. Pena que só conquistou o paulistão, eu lamento. É uma questão de justiça, não de coração. E daria uma surra nos europeus arrogantes, em Tóquio. Eles são disciplinados, mas não tem talento, na minha opinião.
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